Jornal Estado de Minas

Suspeito de matar quatro em 30 dias agia de forma "violenta e covarde", diz delegado

Hermínio Alexandre dos Santos agia como chefe do tráfico no Bairro Monte Azul, na Região Norte de BH

Maíra Cabral
“A ação dele é violenta e covarde
Por ele chegar no Bairro Monte Azul – Região Norte de BH - atirando contra as pessoas, elas têm medo de denunciar”, foi a definição do delegado Hugo e Silva sobre os quatro homicídios praticados, no final de 2011, por Hermínio Alexandre dos Santos, 25 anosHermínio é chefe do tráfico no Bairro Monte Azul e foi apresentado pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira, após ser preso no Bairro Novo Aarão Reis, Região Norte, na tarde de ontemEm 30 dias, o suspeito fez quatro vítimas – todas com a mesma armaDois deles, Michael Henrique Souza e Silva e Alexandre Pinheiro, foram assassinados sem qualquer motivaçãoEm outra situação, o alvo de Hermínio foi o casal Flávia da Silva Almeida, de 22 anos, e Leandro de Souza, de 24 anos.

De acordo com Hugo e Silva, da Delegacia de Homicídios Leste, há dois inquéritos em que ele é apontado como autor de homicídios“Há mais de um mês estávamos procurando por ele”, disse o delegadoHermínio foi detido junto com um O suspeito Hermínio Alexandre apresentado pela Polícia Civil - Foto: TVAadolescente e um homem de 24 anosNa ocasião, foram apreendidas três pistolas calibre 9 milímetros, sendo duas de fabricação israelenses e uma argentina.

Em um dos inquéritos, Hermínio é apontado como autor de um duplo homicídio, cometido contra o casal Leandro e Flávia. Ao que tudo indica, informou Hugo e Silva, Leandro seria rival do suspeitoO crime ocorreu por volta de 9h, quando o jovem levava a namorado no trabalho, em 3 de outubro de 2011O Corsa Sedan em que estavam foi cercado por um carro preto, na MG-020, e baleado


Outro assassinado cometido por Hermínio demonstra sua “covardia”, definiu o delegadoO traficante chegou atirando em um bar no Bairro Monte Azul para matar um homemMas seu alvo fugiu, sendo atingido apenas de raspão Michael Henrique Souza era deficiente físico e não conseguiu correrEle foi baleado e morreu Investigações apontam que ele não tinha envolvimento com tráfico de drogas e foi assassinado fortuitamenteNa ocasião, uma criança de oito anos foi baleada de raspão.

Como era de costume, Hermínio chegava atirando em locais públicos sem se preocupar com o alvoAlexandre Pinheiro morreu por acaso em uma situação como essaEles estava com um grupo de cerca de 45 pessoas na rua, quando o carro do traficante parou próximo e atirou aleatoriamenteAlexandre foi baleado e não resistiu aos ferimentos


O suspeito ficará predo na Unidade Prisonária Ceresp São Cristovão.