Willian foi morto aos 19 anos, quando começava a se destacar na carreira de jogador - Foto: Beto Magalhães/EM/D.A.PressA Justiça decidiu, nesta quarta-feira, manter a sentença aos três jovens que participaram do assassinato do jogador do América-MG, William Morais, morto a tiros em janeiro do ano passado durante uma tentativa de assaltoA defesa dos réus impetrou recurso numa tentativa de reduzir as penas, enquanto o Ministério Público tentava aumentá-las.

Daivisson Carlos Basílio Moreira foi condenado a 21 anos e seis meses de prisão enquanto Darisson Carlos Ferraz da Silva e Herbert Lopes dos Santos a 20 anos e seis meses cada umDe acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os réus pediram absolvição ou, caso o pedido fosse negado, que fosse desclassificado o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) pelo qual foram condenadosO argumento da defesa era de que eles não consumaram o roubo e deveriam ser condenados, então, pelo crime de homicídio

William foi assassinado na madrugada de 6 de fevereiro de 2011, quando saía de um sítio no Bairro Céu Azul, Região da Pampulha, em Belo HorizonteO jogador foi cercado pelo trio, que queria roubar uma corrente de ouro que ele carregava, e tentou fugir, quando foi baleado nas costasOs três rapazes fugiram, mas foram localizados horas depois consumindo bebida alcóolica na casa de um deles, próximo ao local do crime.

De acordo com o TJMG, o relator do recurso, desembargador Herbert Carneiro, da 4ª Câmara Criminal, concluiu que, embora nenhum bem tenha sido roubado do jogador “tal fato não descaracteriza o crime de latrocínio.” O magistrado ressaltou ainda que não havia provas que justificassem o aumento ou a redução das penas estabelecidas aos três réus.
William Morais era filho único e foi revelado pelo CorinthiansNo começo de 2011 ele foi emprestado ao América-MG, pelo qual participou de dois amistosos e dois jogos do campeonato mineiro.