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Estado de Minas

Cabo e soldado da PM são detidos por suspeita de estupro em Contagem

Grávida de 18 anos e o namorado dela acusam os militares de estupro, lesão corporal e invasão domiciliar


postado em 23/05/2012 12:29 / atualizado em 23/05/2012 13:00

Grávida e o namorado deixando a sede do 39º Batalhão da PM em Contagem (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Grávida e o namorado deixando a sede do 39º Batalhão da PM em Contagem (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)

Um cabo e um soldado do 39º Batalhão da Polícia Militar (PM) que foram denunciados por estupro, lesão corporal e invasão domiciliar estão detidos em um quartel da corporação, aguardando apuração da Justiça Militar sobre o caso. Uma grávida de 18 anos, moradora de um aglomerado no Bairro Santa Cruz, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, disse que foi abusada sexualmente por um policial que entrou na casa em que ela estava, com o namorado e uma amiga, por volta de 23h30 de terça-feira. Segundo a vítima, o rapaz de 18 anos ficou preso no quarto da casa enquanto o PM a violentava.

A suposta vítima prestou esclarecimentos na manhã desta quarta-feira na sede do batalhão. Os jovens disseram que os policiais invadiram a casa em busca de drogas. Os militares mandaram os jovens tirarem as roupas e se abaixarem para procurar os entorpecentes. Segundo o relato da mulher, o soldado perguntou se ela faria um programa com ele, levou a grávida para o quarto e a violentou. Conforme a versão dela, o namorado tentou ir atrás deles, mas foi agredido pelo outro policial.

Depois da agressão, os militares foram embora. O rapaz e as jovens ligaram para o 190 da PM para fazer a denúncia. De acordo com o major Gilmar Luciano, chefe da sala de imprensa da PM, uma viatura foi até o local e os levou para a 6ª Delegacia Seccional de Contagem, onde foram ouvidos pelo delegado de plantão. O investigador emitiu uma nota para que as vítimas passassem por exames. Em seguida, eles foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). O resultado sai em 30 dias. Conforme o policial, o jovem tem lesões nas costas, mas o estupro da namorada dele ainda não foi confirmado.

Ainda de acordo com o major Gilmar, a polícia ainda não sabe por que o cabo e o soldado foram até a casa das vítimas. Segundo ele, não havia registro de chamada de ocorrência ou denúncia para o endereço. O setor de inteligência da PM foi até lá e encontrou testemunhas que confirmaram a presença dos policiais durante a noite.

O major afirmou no início da manhã que, se o caso for confirmado, trata-se de um crime de natureza militar, que será devidamente apurado, e os autos serão remetidos à Justiça.


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