Jornal Estado de Minas

PM começa a desocupar terreno invadido na Região do Barreiro

A ação de despejo cumpre a decisão da juíza Luzia Divina de Paula Peixoto, da 6ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal determinou a reintegração de posse do terreno tomado pela comunidade Eliana Silva. O despejo ainda vai se estender pela tarde desta sexta-feira

Luana Cruz

- Foto: Adriano Ventura /Divulgação

A Polícia Militar (PM) começou a desocupar o terreno invadido pela comunidade Eliana Silva, no Bairro Santa Rita, Região do BarreiroDepois da resistência das famílias e um clima de tensão, por volta de 11h30 desta sexta-feira, a PM começou a desmontar as barracas de acampamentoCaminhões da Prefeitura estão recolhendo o material no terrenoA ação de despejo cumpre a decisão da juíza Luzia Divina de Paula Peixoto, da 6ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal determinou a reintegração de posse do terreno

Representantes da comunidade acusaram a PM de exagero na ação, mas o tenente-coronel Marcelo Vladimir Corrêa, comandante do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) disse que a corporação agiu com legalidade e que houve resistência, mas ninguém foi presoMais cedo, líderes da ocupação informaram que algumas pessoas haviam sido presas por desobediência

Veja fotos da desocupação

As famílias retiradas nesta sexta-feira receberam a proposta de ir para abrigos da prefeituraO assessor da Comissão Pastoral da Terra, Frei Gilvander Luíz Moreira, criticou a situação desse abrigos e chamou de “caixotes apertados”Ele disse que a comunidade vai lutar na Justiça para voltar ao terreno Frei Gilvander ainda questionou a ação da PM dizendo que três pessoas foram agredidas, entre elas uma professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que tentava intermediar a negociação

Mesmo com a retirada dos barracões, há famílias que insistem na resistências, mas a PM vai manter uma equipe na área para evitar nova ocupação
O despejo ainda vai se estender pela tarde desta sexta-feiraMais cedo, um clima tenso tomou conta do acampamentoCerca de 400 militares cercaram o acesso ao terrenoEram agentes do 41º Batalhão, Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) e Batalhão de ChoqueAlguns policiais ocuparam as matas no entorno do loteamento, fecharam a rua onde fica a entrada da comunidade e um helicóptero da PM sobrevoa a área o tempo todo