Jornal Estado de Minas

Polícia investiga motorista que causou grave acidente na BR-040, em Nova Lima

Mesmo sem ter em mãos boletim da PRF sobre acidente que matou jovem, delegada deve abrir apuração hoje

Landercy Hemerson

- Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

As investigações em torno do acidente provocado pelo comerciante Marcus Vinícius Claudino Fonseca, de 29 anos, em que uma pessoa morreu, devem iniciar-se nesta segunda-feira na Delegacia Especializada de Acidentes de Veículos (Deav), caso esteja finalizado o Boletim de Acidente de Trânsito da Polícia Rodoviária FederalO prazo para o agente da PRF concluir o documento termina na quarta-feira, conforme normas internas da corporaçãoMarcus Vinícius, que apresentava sintomas de estar sob efeito de álcool na hora do desastre, na manhã de sábado, não fez o teste do bafômetro, por estar feridoNão tendo como confirmar que ele dirigia embriagado, os policiais rodoviários não encaminharam o caso ao plantão policial do Detran e ele sequer foi ouvido sobre o caso.

O acidente ocorreu no Km 547 da BR-040, próximo ao Viaduto da Mutuca, em Nova Lima, na Grande BHAo volante do Fiat Stilo placa HJR 1053, o comerciante seguia no sentido Rio/BH, com três passageirosDuas jovens estavam com parte do corpo para fora do carro, quando o motorista passou por uma viatura da PRFO agente rodoviário chegou a fazer um retorno e foi atrás do Stilo, mas Marcus bateu num taxi e capotou várias vezes antes da abordagem.

A passageira Nathalia Azeredo Coutinho e Rosa, de 27, morreu no localO corpo dela foi cremado domingo à tardeMarcus e a passageira Bárbara Araújo Cruz, de 25, sofreram ferimentos levesRodolfo Alves Filgueiras Nunes, de 31, que viajava no banco de trás ao lado de Nathalia, seguia internado num hospital particular.

PROVAS

A delegada Rosângela Tulher, que no sábado estava no plantão policial do Detran, disse que enviou uma equipe ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS) para localizar Marcus Vinícius, mesmo sem ter recebido cópia do boletim de ocorrência da PRF“Tomamos conhecimento do acidente e demos início aos procedimentos para apurar

No HPS, nos informaram que ele receberia alta somente à noiteQuando nosso agente retornou ao hospital, no começo da noite, ele já havia sido liberado pelos médicos”, estranhou a delegada.

Para a policial, apesar de o comerciante não ter sido submetido ao exame do bafômetro, existiam elementos que apontavam para o cometimento do crime“Havia provas testemunhais de que ele apresentava sintomas de estar alcoolizado, além do fato de dirigir em alta velocidade de forma imprudenteNesses casos, em que o motorista assume o risco de provocar o acidente, há o dolo eventualSe ficasse comprovado, ele seria preso em flagrante”, destacou.

No dia 6 do mês passado, um jovem que se envolveu numa batida na Rua Jacuí, no Bairro Ipiranga, Região Nordeste da capital, mesmo sem fazer o teste do bafômetro foi atuado em flagrante, com base em outros elementos.