Em prisão domiciliar desde 2001, o ex-porteiro Paulo Antônio Silva, de 66 anos, condenado a 16 anos por dois estupros, conseguiu ontem liberdade condicional
Para ele, passar 15 anos na prisão sem ter culpa alguma foi como viver na escuridão, que começa a clarear agora“Perdi minha vida, a família, o trabalho e a liberdadePerdi dinheiro, e não fiquei com a minha mãe no momento final da vida dela, quando mais precisava de mim”, disse.
Na segunda-feira, o advogado dele, Eurípedes Barbosa, vai se reunir com a delegada Margareth Rocha“Vou buscar informações dos crimes atribuídos ao ex-bancário, reconhecido por uma das vítimas que antes culpou meu clienteVou entrar com ação de revisão criminal ”, disse.
Na prisão domiciliar, o ex-porteiro só poderia sair de casa para trabalhar, ir ao médico ou se apresentar à JustiçaAgora, com a liberdade condicional, ele pode sair de casa, desde que cumpra algumas exigências, como não se ausentar da Grande BH sem prévia autorização da Justiça; comunicar mudança de endereço; recolher-se à residência antes das 22h; e não frequentar bares.
No entanto, mesmo antes do benefício, o preso já saía de casa, conforme constatou o Estado de MinasO próprio advogado dele confirma: “Não há uma fiscalização efetiva