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Estado de Minas

Crianças dão lições de muita gentileza em Belo Horizonte

Alunos do ensino fundamental transformam pátio da escola numa feira de lições de educação e convivência. Ação faz parte do movimento A Corrente do Bem, criado na Austrália em 2007


postado em 27/04/2012 06:00 / atualizado em 27/04/2012 07:53

(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)

Avançar além dos muros da escola e fazer a diferença na vida do próximo. No Dia Mundial da Boa Ação os cerca de 1,2 mil alunos do Colégio Pitágoras, no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, tiveram um intervalo para enxergar o futuro com os olhos do coração. O mutirão pela consciência cidadã, liderado por crianças de 10 e 11 anos, alunos do 6º ano, faz parte do movimento A Corrente do Bem, criado na Austrália em 2007, que apenas no ano passado mobilizou 1 milhão de pessoas em 35 países. São esperadas para este ano mais de 3 milhões de ações em todo o mundo.

Pátio adentro, Artur Cabral, de 17 anos, escreve seu recado no telão multimídia: “O ego leva ao buraco”. Ana Tereza, de 11, extrovertida, percorre quadrantes com a cesta colorida de mensagens para crianças e adultos. “O Dia Mundial da Boa Ação não representa apenas a solidariedade. Representa uma preocupação maior com a educação e com o carinho. Com o respeito aos outros. Quer ler uma mensagem?”, oferece. No retalho de papel, a boa lição: “Foi magoado? Perdoe.” Para Bianca Pessoa, de 17, o movimento é um passo importante pelo futuro: “É muito legal essa consciência desde pequeno. Quanto antes melhor”.

As crianças se multiplicam com suas cestinhas cheias de bilhetes com ideais de cidadania. “Quer ler um recado?”, oferta a mocinha de óculos. Sim, claro. “Recebeu um favor? Retribua”, sugere o papelzinho cor-de-rosa. Três homens azuis e um avatar, atores amadores e alunos da instituição, se destacam na ação. Leonardo Guimarães Duca, de 18, Renato Cardoso Guimarães Junqueira, de 17, e Lucas Oliveira Mendes, de 16, em performance, estão decididos a dar exemplo aos “meninos mais novos”, colegas de escola. “Queremos melhorar o coração das pessoas”, diz Renato.

“Uma mensagem, moço?”, impossível resistir a mais uma oferta. “Ofendeu? Desculpe-se.” É isso aí. Além de gentilezas, a jovem avatar distribui autógrafos. É um sucesso entre os menores. Foi preciso dois horários para Paula Dornelas, de 17, se transformar na personagem célebre do cineasta James Cameron, coberta por maquiagem azul. “Representar o avatar significa chamar a atenção para os cuidados com o futuro do planeta”, justifica. Requisitada, Paula, que pretende ser jornalista, dedica-se sem perder o fôlego à comunicação com os pequenos fãs, companheiros agentes da corrente do bem.

A diretora Cristina Durzi demonstra o maior orgulho da atitude de seus pupilos. “A energia que eu tenho na minha vida tiro é daqui, da educação de nossos alunos”, alegra-se. Orgulho e satisfação que se repetem na professora de ética Beatriz Vilas Boas, orientadora do projeto de boa convivência. Para a educadora, a ideia é resgatar e valorizar as boas relações humanas. “A escola é um espaço de informação, mas é também de formação para a vida”, considera.


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