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Estado de Minas

Mãe é acusada de vender bebê em Poços de Caldas

Denunciada pela própria mãe à polícia, a mulher foi encontrada um dia depois do parto, em um hospital de uma cidade do interior paulista


postado em 20/04/2012 06:00 / atualizado em 20/04/2012 07:48

Uma mulher de 32 anos, moradora de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, a 468 quilômetros de Belo Horizonte, é suspeita de planejar a venda da filha, nascida no último dia 12. Denunciada pela própria mãe à polícia, a mulher foi encontrada um dia depois do parto, em um hospital de uma cidade do interior paulista, onde deu à luz. O bebê nasceu com três quilos e foi levado pelo Conselho Tutelar a um abrigo de Poços, onde passa bem, à espera de que a Justiça decida seu destino.

Ao dar entrada na Santa Casa de São Sebastião da Grama (SP), a quase 100 quilômetros de Poços, a suspeita informou um nome falso. Ela estava acompanhada de três pessoas, que não são seus parentes, segundo documento da Polícia Civil de São Paulo, ao qual o Estado de Minas teve acesso. De acordo com a polícia, uma das acompanhantes é natural da cidade do Sul de Minas, outra de Divinolândia (SP) e o terceiro um homem, de Suzano (SP).

Era a esse casal paulista que a mãe pretendia entregar a filha, segundo admitiu às conselheiras tutelares de Poços que a encontraram no hospital de São Sebastião da Grama, escoltadas por policiais militares. “Inicialmente, ela me disse que o homem de Suzano era o pai e ia assumir a criança. Depois, falou que daria a filha ao casal”, relata Marcela Piva Acerbi, coordenadora do Conselho Tutelar de Poços.

A declaração da suspeita confirma a denúncia da avó da criança, segundo a qual o bebê seria vendido. Ainda de acordo com a denúncia, o mesmo casal iria pagar todos os gastos médicos até a mulher receber alta. No hospital, a polícia foi informada de que, após o parto, ela fez uma laqueadura, procedimento que impede a gravidez em definitivo. “A cirurgia custou R$ 3 mil e foi paga à vista por pessoas que a acompanhavam”, garante Marcela.

A polícia abriu inquérito para investigar o caso e considera a possibilidade de que ela tenha dado à luz fora de Poços para escapar de uma decisão da Justiça local. Em 9 de março deste ano, o juiz Edmundo José Lavinas Jardim expediu documento proibindo a mulher de sair com o bebê após o parto. A determinação judicial foi tomada por causa do histórico da mulher, que já presa por furto e, segundo o Conselho Tutelar, é usuária de crack. Ela já teve um aborto e deu à luz outros cinco filhos, um dos quais foi posto sob a guarda do Estado, a pedido da mãe. Três moram com a avó e outro, com uma tia.
 


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