Uma mulher de 32 anos, moradora de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, a 468 quilômetros de Belo Horizonte, é suspeita de planejar a venda da filha, nascida no último dia 12
Ao dar entrada na Santa Casa de São Sebastião da Grama (SP), a quase 100 quilômetros de Poços, a suspeita informou um nome falsoEla estava acompanhada de três pessoas, que não são seus parentes, segundo documento da Polícia Civil de São Paulo, ao qual o Estado de Minas teve acessoDe acordo com a polícia, uma das acompanhantes é natural da cidade do Sul de Minas, outra de Divinolândia (SP) e o terceiro um homem, de Suzano (SP).
Era a esse casal paulista que a mãe pretendia entregar a filha, segundo admitiu às conselheiras tutelares de Poços que a encontraram no hospital de São Sebastião da Grama, escoltadas por policiais militares“Inicialmente, ela me disse que o homem de Suzano era o pai e ia assumir a criança Depois, falou que daria a filha ao casal”, relata Marcela Piva Acerbi, coordenadora do Conselho Tutelar de Poços.
A declaração da suspeita confirma a denúncia da avó da criança, segundo a qual o bebê seria vendidoAinda de acordo com a denúncia, o mesmo casal iria pagar todos os gastos médicos até a mulher receber altaNo hospital, a polícia foi informada de que, após o parto, ela fez uma laqueadura, procedimento que impede a gravidez em definitivo“A cirurgia custou R$ 3 mil e foi paga à vista por pessoas que a acompanhavam”, garante Marcela.
A polícia abriu inquérito para investigar o caso e considera a possibilidade de que ela tenha dado à luz fora de Poços para escapar de uma decisão da Justiça localEm 9 de março deste ano, o juiz Edmundo José Lavinas Jardim expediu documento proibindo a mulher de sair com o bebê após o parto