A criança, Davi Emanuel de Souza Lopes, estava internada há uma semana com bronquiolite (princípio de pneumonia) e era alimentada por sonda inserida na boca e recebia soro em um dos pés, quando a enfermeira, que não teve o nome divulgado, fez a troca dos líquidosO hospital disse que houve um problema com a criança, não confirmou a falha da enfermeira e informou que o caso será investigadoO gerente de Relações Institucionais do Hospital da Baleia, Paulo Carvalho, comunicou que o bebê está na unidade de tratamento intensivo (UTI) e não corre risco de morrer.
Esse foi o terceiro caso de erro em hospital envolvendo crianças em pouco mais de 30 dias na Região Metropolitana de Belo HorizonteNo dia 8, o menino Alan Bruno Castro, de 2, ingeriu ácido usado para queimar verrugas em vez de sedativo, no Hospital São Camilo, na Região Leste da capitalA falha, reconhecida pelo hospital, foi de uma técnica de enfermagemAlan está internado na UTI do Hospital Felício Rocho e se recupera bem, devendo receber alta em 10 dias.
Em 2 de março, Artur Felipe Alves de Oliveira, de um mês de vida, morreu depois que recebeu leite na veia em vez de soroO alimento foi aplicado por uma técnica de enfermagem do Hospital Municipal de ContagemA criança tinha um quadro grave de insuficiência cardíaca
SEGUNDA VEZ
O pintor Israel Abraão Amaral Lopes, de 21, pai de Davi, contou que essa foi a segunda internação do filho no Hospital da Baleia“Meu filho ficou seis dias internado na primeira vez e foi liberado com diarréiaMinha mulher viu que ele não estava bem, mas mesmo assim o mandaram para casa, em 3 de marçoEle ficou dois dias em casa, passando mal, com diarreia, vomitando muito e com febre”, conta o pai.
Davi ainda passou três dias no pronto-atendimento do Bairro Caieiras, em Vespasiano, na Grande BH, onde mora com os pais, e no dia 8 voltou ao Hospital da BaleiaO bebê melhorou e havia previsão de alta para amanhã, segundo o pai, caso não houvesse o erro da enfermeriaIsrael disse que, por volta de 1h30, recebeu um telefonema da mulher“Ela estava desesperada, dizendo que a enfermeira havia injetado soro na boca do filho e leite na veia do péA enfermeira não queria chamar o médico e preferiu tomar a frente de tudo, querendo resolver o problema sozinhaMeu filho teria morrido se a minha mulher não tivesse pedido socorro