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Estado de Minas

Presépio do Pipiripau fecha para restauração

Presépio só voltará a receber visitas do público no ano que vem. Prédio que o abriga será demolido e substituído por outro, maior, mais moderno e bem mais confortável


postado em 16/04/2012 06:37 / atualizado em 16/04/2012 07:06

Maquete do espaço para o presépio que será construído no Museu de História Natural da UFMG (foto: Bruno Santa Cecília/Divulgação)
Maquete do espaço para o presépio que será construído no Museu de História Natural da UFMG (foto: Bruno Santa Cecília/Divulgação)


Atrás da casa branca onde Jesus Cristo e os apóstolos saboreiam a última ceia, um homem aponta a espingarda para alguns veados. A imprevista caçada não é relatada na Bíblia, mas é uma das cenas que compõem o famoso Presépio do Pipiripau, exposto desde 1976 no Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHJB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no Bairro Santa Inês, Região Leste de Belo Horizonte. A partir de hoje, a obra fica fechada para o público até 2013, para ser restaurada pela primeira vez. Ao mesmo tempo, o prédio que a abriga será demolido e substituído por outro, cujo projeto arquitetônico foi apresentado ontem.

O Pipiripau retrata a vida de Jesus, sua morte e ressurreição, em um cenário de 20 metros quadrados. As 586 figuras móveis, distribuídas em 45 cenas, são movimentadas por mecanismos ligados a um motor elétrico. “A maneira como o presépio está montado impede que seja removido para ser restaurado. Tem tantas partes e detalhes que não dá para ser desmontado e remontado”, avalia Bruno Santa Cecília, autor do projeto e professor da Escola de Arquitetura da UFMG.

Proteção

O presépio não sairá do lugar, mas, para não correr o risco de ser danificado pelos trabalhos de construção de seu novo lar, o espaço onde está assentado será isolado por estruturas metálicas. A futura edificação poderá receber mais visitantes, embora sua área seja igual à da atual, uma casa alaranjada erguida próximo a um lago e rodeada por árvores de grande porte. “O local tem importância ambiental e paisagística. A construção foi planejada de modo a garantir a preservação integral das espécies vegetais existentes”, afirma Bruno.

Os trabalhos de restauração do presépio e construção de sua nova casa custarão R$ 1,2 milhão. “Conseguimos captar R$ 530 mil por meio da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. O restante será bancado pela UFMG”, informa o diretor do MHJB, Fabrício José Fernandino. Licitações serão abertas para a contratação das empresas responsáveis pelos projetos complementares de engenharia e pela execução das obras, que devem se iniciar no segundo semestre e durar 12 meses.

Na manhã de ontem, também foi apresentada a programação de outono do museu, com a abertura das exposições Cultura Xakriabá e Cultura Maxacali, que retratam as duas tribos indígenas habitantes de Minas Gerais. “Como 19 de abril é o Dia do Índio, esperamos que essas exposições atraiam as escolas”, comenta Fernandino. Um novo espaço, o Jardim das Samambaias, foi inaugurado. Atualmente, o MHJB recebe cerca de 80 mil visitantes por ano.

Paisagens mineiras

O concurso fotográfico cultural Paisagens Mineiras, promoção do Estado de Minas, com patrocínio da Petrobras, chega hoje ao final com a escolha do vencedor, em solenidade às 20h no Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação. Oito finalistas, escolhidos por meio de votação na internet, disputam o prêmio. O concurso, um convite para que os brasileiros declarassem, por meio da fotografia, seu amor por Minas Gerais, teve quatro seletivas. A cada mês, oito fotos eram pré-selecionadas por uma comissão julgadora e disputavam o voto popular na internet. Os vencedores de cada seletiva, que participam da final de hoje, indicavam instituições beneficentes das cidades ondem as fotos foram tiradas para receber um computador e uma impressora multifuncional.


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