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Estado de Minas

Especialistas elegem os cinco principais gargalos no tráfego da capital

Falhas de projeto ou falta de gerenciamento provocam ou agravam congestionamentos diários


postado em 26/03/2012 06:31 / atualizado em 26/03/2012 09:10

Os gargalos no tráfego de Belo Horizonte são uma via de mão dupla. Se especialistas apontam que o trânsito na capital para por obra e graça dos próprios condutores – que desrespeitam sinalização, passam por cima de leis e agem de maneira individualista –, eles também são rápidos em indicar problemas que surgem onde falta estrutura, planejamento ou ambos. Os mesmos especialistas ouvidos pelo Estado de Minas apontaram cinco locais onde o transtorno não é culpa dos condutores, mas sim das condições geométricas das vias ou da ausência de um plano estratégico para melhor aproveitamento das ruas e avenidas da cidade (veja mapa).

Nos horários de pico, a situação se repete de segunda a sexta em vários viadutos do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, em um desrespeito de rotina aos cidadãos, eternamente à espera de obras que resolvam os gargalos da rodovia que corta Belo Horizonte. A circulação se dá normalmente em três faixas, mas nos pontos onde ficam os elevados o número de pistas cai para duas, o que afunila todo o tráfego, já carregado antes de chegar à estrutura de concreto em forma de gargalo.
O sentido Vitória do Viaduto São Francisco está com uma interdição parcial para obras. Porém, o sentido oposto, que não tem nenhuma intervenção, parece também estar em reforma, tamanho o congestionamento na hora do rush. Basta parar no local para perceber por que: além do tráfego das três pistas normais, que se afunilam em duas, há os carros que chegam ao Anel a partir da alça da Avenida Antônio Carlos.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
“O que acontece nesse ponto, e que se repete na Avenida Amazonas (Região Oeste) e na Praça São Vicente (Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste), é um afunilamento brusco de alto volume de veículos. No Anel Rodoviário, essa situação se torna muito perigosa, porque a redução de capacidade implica reduzir também a velocidade. Como temos caminhões pesados circulando, a probabilidade de acidentes é bem maior”, diz o mestre em engenharia de transportes pelo Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro (IME) Paulo Rogério Monteiro. A solução apontada por ele seria ampliar esses acessos. Um projeto que já existe, mas que não tem prazo para ser executado.

O segundo ponto onde especialistas apontam problemas é a Rua Padre Pedro Pinto, na Região de Venda Nova. Ao longo da via há trechos com redução de faixas, o que não é compatível com a demanda de veículos que circula na região e com o semáforo da Estação Vilarinho do BHBus. Os congestionamentos impulsionados pelo tráfego de passagem entre BH e Ribeirão das Neves, na região metropolitana, afetam a Cristiano Machado. Uma alternativa apontada pelos engenheiros é a reestruturação do sistema de carga e descarga na via, para melhorar a circulação.

A junção das avenidas Cristiano Machado e Vilarinho é outro gargalo em que a falta de estrutura contribui para as retenções e para o caos na circulação. Os congestionamentos atrasam o transporte público e há um conflito entre carros e pedestres na região. Uma medida paliativa, segundo os especialistas, é o alargamento pontual da Cristiano Machado antes e depois do semáforo de acesso à Vilarinho.


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