O município não pode interferir diretamente no processo de negociaçãoSegundo o procurador-geral Marco Antônio Resende, o que cabe à prefeitura é tentar sensibilizar ambas as partes para que busquem, no menor prazo possível, uma solução a fim de não provocar tantos prejuízos à cidadeEle argumentou ao desembargador que uma vez já tendo sido instaurado o dissídio, a Justiça deveria intervir também na greveEle ressaltou ainda o descumprimento, por parte dos rodoviários, da liminar que determinou a manutenção de 50% da frota de ônibus em circulação durante todo o dia, sendo que nos horários de pico o índice deveria ser de 70%.
A audiência no TRT entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH (STTRBH), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) no TRT começou com quase uma hora de atrasoApós ouvir o debate entre as partes, o desembargador Marcus Moura Ferreira decidiu ouvir, a portas fechadas, cada parte separadamente.
A entidade que representa os empregados foi a primeira ser ouvida pelo magistradoForam mais de 40 minutos de reuniãoEm seguida, o desembargador chamou à sala os representantes patronais, que começaram a ser ouvidos por volta das 19h20Na audiência coletiva, as empresas mantiveram a oferta de 6% de reajuste salarialOs trabalhadores, por sua vez, reiteraram a contraproposta de 20% de aumento salarialNo começo das negociações, o STTRBH reivindicava reajuste de 49% nos salários.
Pela manhã patrões e empregados se reuniram com a Superintendência Regional do Trabalho, mas o encontro terminou sem avanço nas negociações, sendo mantido o movimento grevista.