Jornal Estado de Minas

Noite começa com trânsito caótico no hipercentro de BH

Passeata dos rodoviários entre as avenidas Amazonas e Afonso Pena provocou congestionamentos nas principais ruas e avenidas do centro da capital

Daniel Silveira

Rodoviários fizeram passeata pelas avenidas Amazonas e Afonso Pena e se posicionaram em frente à prefeitura para manifestar - Foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press

 

O começo da noite desta sexta-feira é de trânsito caótico no Centro de Belo HorizonteDepois de anunciarem paralisação geral a partir de segunda-feira, os rodoviários iniciatam uma passeata pela Avenida Amazonas e, em seguida, se dirigiram para a Afonso PenaPor volta das 18h30 eles caminhavam em direção à porta da prefeitura, ocupando duas das quatro faixas da via no sentido Centro-Mangabeiras.

De acordo com a BHTrans, a retenção no fluxo da Avenida Afonso Pena gerou reflexos em todas as principais ruas e avenidas do hipercentro da capitalA situação é mais crítica, segundo a BHTrans, na Avenida Amazonas no sentido Bairro-Centro, onde o tráfego está, praticamente, parado

Os motoristas enfrentam lentidão ainda nas avenidas Augusto de Lima, sentido Bairro-Centro, Bias Fortes, para quem segue em direção à Savassi, Nossa Senhora de Fátima, sentido Centro-Bairro, e Contorno, na Região da Savassi, nos dois sentidos da viaNa Tereza Cristina o trânsito também segue lento no sentido Centro-Bairro Já na Avenida Cristiano Machado, o tráfego era lento por causa das obras na Região.

Na Avenida Antônio Carlos trânsito também ficou parado - Foto: Marcos Michelin/Esp.EM/D.A PressPor meio do Twitter, internautas reclamavam da situaçãoHavia relatos de lentidão na Região da Pampulha, principalmente na Avenida Antônio Carlos, sentido Centro-BairroOs motoristas também enfrentavam lentidão no Anel Rodoviário, sentido BH-Vitória, principalmente na altura do Viaduto São FranciscoSegundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), as obras no local associadas ao intenso fluxo de veículos provocou o congestionamento.

Desde a tarde os motoristas enfrentavam trânsito caótico na capitalTão logo terminou a reunião dos rodoviários, no Colégio Pio XII, no Bairro Gutierrez, Região Oeste da capital, cerca de 400 motoristas e cobradores saíram em passeata rumo à Praça Sete, no Centro

Foi formado ao longo da Avenida Amazonas o chamado “linguição” de ônibus, quando os coletivos se colocam em fila únicaO trânsito em todas as vias que cortam a Amazonas sofreram reflexos, apresentando muita lentidão.

Na Região da Pampulha, um acidente na barragem da lagoa deixou os dois sentidos da Avenida Antônio Carlos com trânsito praticamente parado Segundo a BHTrans, também houve grande retenção na Avenida Cristiano Machado, do Túnel da Lagoinha até a Rua Jacuí.

Eles Não Respeitam

Greve

Os usuários do transporte coletivo em Belo Horizonte devem se prepararO Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) garante que haverá paralisação, prevista para ter início às 17h de segunda-feiraIsso porque a legislação impõe prazo de 72h para início da greveDe acordo com o presidente da entidade, Ronaldo Batista, apenas uma escala mínima de 30% de ônibus será mantida.

Os rodoviários revindicam reajuste salarial de 49%, 30 folhas de tíquete-alimentação no valor de R$ 15, a instalação de banheiros femininos nos pontos finais, participação nos lucros e resultados (PLR) e uma jornada de trabalho de seis horas diáriasOs sindicatos das empresas de ônibus propõem reajustar em 13% o salário dos motoristas e trocadores - condicionado ao aumento de 20 minutos na jornada de trabalho diária - e de 9% para a manutenção e administração.

As empresas também oferecem um aumento de 6% no ticket-alimentação, R$ 150 na participação dos lucros (para quem ganha até R$ 1.000), e R$ 300 para quem recebe acima desse valorOutra proposta aos motoristas e trocadores é o aumento de 6%, sem mudança na carga horária