Jornal Estado de Minas

Mudança no trânsito na Região da Pampulha não tem consenso

Guilherme Paranaiba
Funcionário de uma empresa na Rua Funchal, a alguns metros da Rua Monteiro Lobato, no Bairro Ouro Preto, o supervisor técnico Samuel Roza, de 32 anos, está cansado do trânsito nas principais vias do bairro no início da manhã e fim da tarde
“De três anos para cá, frequentemente trava tudo nos horários de picoAlguma mudança de circulação precisa ser feita para amenizar esses transtornos, como transformar a Rua Monteiro Lobato em mão única”, diz.

O pedido de Samuel representa um conflito no bairroMoradores querem mudanças, enquanto comerciantes são contra um plano já anunciado pela BHTrans de transformar as ruas Mantena e Monteiro Lobato em mão únicaA implantação está prevista para este semestre.

“Se isso acontecer, o risco é de o comércio acabar”, afirma o dono de uma loja de aviamentos na Rua Monteiro Lobato, Luciano ScaldaferriO argumento dos empresários é de que o comércio na região já enfrenta problemas“Se diminuir o fluxo pela metade, será o fim”, conclui o comercianteNa Rua Mantena, os moradores também são a favor da mão única, mas desde que seja subindo em direção à Conceição do Mato Dentro“Nossa rua tem vários acidentes e só tirando o fluxo da descida vamos diminuir os problemas, afirma a síndica do Condomínio das Bromélias, número 290.

O Bairro Ouro Preto é apenas um dos exemplos onde o estrangulamento viário tira os moradores do sérioNo Bandeirantes, entre as 7h e 9h, é impossível transitar, segundo um dos representantes da Associação Comunitária Viver Bandeirantes, Geraldo Carneiro“Todo o tráfego dos bairros Trevo, Braúnas e de toda a região do Xangri-lá tem que passar por aqui
E as vias são as mesmas de vários anos atrás, o que impossibilita a infraestrutura de trânsito do bairro”, afirma Geraldo.

A mesma situação é vivida no Bairro Jaraguá“O bairro é a principal rota de passagem entre a Cristiano Machado e a Antônio CarlosO problema é que as vias são estreitas e não suportam o volume do tráfego, principalmente aquelas que ainda são mão dupla”, diz a presidente da Associação Comunitária dos Moradores da Região do Jaraguá, Waleska Barros Abrantes