Uma estatística assustadora. Dos 200 mil habitantes de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, 27 mil são hipertensos e/ou diabéticos. A média da cidade acompanha a nacional, ou seja, a cada cinco pessoas, uma sofre de uma dessas doenças. A informação é do consultor para a rede de hipertensão e diabetes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) na cidade, Ailton Cezário Junior, que participou ontem da inauguração do 10º Centro Hiperdia, voltado para atendimento secundário de pacientes com hipertensão e diabetes.

A unidade beneficiará, além dos moradores da cidade, municípios que pertencem a microrregião, como Belo Horizonte, Nova Lima e Caeté. O Centro está localizado na Avenida Raul Teixeira da Costa Sobrinho, no Bairro Camelos, e funcionará de forma integrada ao Centro Viva Vida, inaugurado no final de 2008. O estado investiu R$ 2,4 milhões para construir o prédio.

Segundo Ailton Junior, o objetivo do tratamento é ampliar a longevidade da população do estado por meio de intervenções capazes de diminuir a mortalidade por doenças cardiovasculares e diabetes. Segundo dados da SES, a estimativa é de que, em Minas, 672.433 pessoas sejam hipertensas de alto risco e 161.384 sejam diabéticos insulino-dependentes.

O consultor acrescenta que as mudanças de hábitos alimentares, como o uso de grande quantidade de gordura, sal, açúcar, o uso de álcool e fumo e o sedentarismo são os principais fatores para as doenças cardiovasculares, originárias a partir da hipertensão e da diabetes.