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Estado de Minas

Depois da estiagem, previsão é de novos temporais

Cidades atingidas pelas chuvas ainda tentam se recuperar e meteorologia já alerta para mais tempestades. Municípios castigados estão na rota do risco


postado em 26/01/2012 06:00 / atualizado em 26/01/2012 06:39

 

Vigas de ponte arrastadas pelo Rio Xopotó em Guidoval: região volta ao estado de atenção(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Vigas de ponte arrastadas pelo Rio Xopotó em Guidoval: região volta ao estado de atenção (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)

 

Antes mesmo da reconstrução, o medo de mais danos. Uma nova frente fria deve chegar ao estado amanhã e pode causar temporais nas regiões Sul, Oeste, Campo das Vertentes, na Zona da Mata, no Triângulo e na Grande BH, de acordo com o meteorologista do Instituto Climatempo Ruibran dos Reis. O fenômeno vai atuar até segunda-feira e a previsão para o Sul, Vertentes e Zona da Mata é de um acumulado de 80 a 120 milímetros de precipitação. Ainda segundo o meteorologista, Além Paraíba, na Zona da Mata, que foi arrasada pelos temporais do início do mês, é uma das cidades na rota da chuva, por isso as atenções precisam ser redobradas no município.

No Norte e Nordeste do estado a frente fria que vem do Paraná e Santa Catarina não terá forças para atuar e a previsão nesses locais é de sol e calor. Na Região Metropolitana de BH, a noite de sexta-feira pode ser de chuva e a máxima chega aos 32°C. No sábado, a previsão é de queda de temperatura para 25°C e o fim de semana pode ter chuvas em qualquer hora do dia. Na terça-feira a frente fria perde força e as temperaturas voltam a subir. Em janeiro, já choveu 350 milímetros na capital mineira, 24% acima da média histórica de 296 mm.

A maior intensidade das chuvas em Minas desde dezembro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é resultado da presença da zona de convergência do Atlântico Sul sobre o estado. O fenômeno climático se caracteriza por chuvas frequentes e volumosas, como as que atingiram a Grande BH, a Região Central e a Zona da Mata na primeira semana de janeiro.

De olho no céu e nas previsões da meteorologia, a maioria dos municípios atingidos ainda se vê às voltas com pontes destruídas, estradas interrompidas e casas arruinadas. Alheia ao desencontro entre as exigências do governo federal para a liberação de verbas e a desinformação de algumas prefeituras, a população espera pela chegada dos recursos. Alguns cidades mineiras já enviaram a Brasília a documentação necessária para receber o repasse, outras dão andamento aos projetos e há aquelas na fase de contratar o chamado plano de trabalho. Jequitaí, no Norte de Minas, vai precisar de R$ 1,2 milhão para desobstruir estradas, reconstruir moradias e refazer ligações sobre os rios. Segundo a secretária municipal de Assistência Social e coordenadora da Defesa Civil municipal, Andréa Queiroz, os projetos técnicos para a recuperação foram encomendados.

Declarar situação de emergência e enviar projetos ao governo federal nem sempre significa repasse de recursos assegurado, segundo argumentam alguns representantes de prefeituras. O chefe de gabinete e secretário de Obras de Reduto, na Zona da Mata, Guilherme Júlio de Oliveira, lembra que em 2010 o município pleiteou sem sucesso benefícios em decorrência das chuvas. Desta vez, a expectativa é que a União contemple a cidade com R$ 4 milhões.

Na colonial Prados, na Região Central, serão necessários R$ 3 milhões para casas destruídas, pontes danificadas, encostas e ruas. O chefe do gabinete e secretário da Comdec, José Diniz, diz que os projetos para a recuperação serão enviados ao governo federal até dia 4. Em Coronel Xavier Chaves, no Campo das Vertentes, o prefeito Helder Sávio Silva vai precisar de R$ 500 mil para refazer a estrada entre a cidade e a vizinha Resende Costa. “Já contratamos um engenheiro para fazer o projeto”, diz.


Suspeitas de dengue disparam

Com a estiagem e as altas temperaturas depois de um período longo de chuva, a dengue já atinge a marca de 17 casos suspeitos por dia em Belo Horizonte neste início de ano. Até ontem, foram registradas 429 notificações, das quais 13 confirmadas. Outras 106 foram descartadas e 310 ainda estão sob análise. O balanço da doença foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde. As regiões Norte e Barreiro têm o maior número de casos confirmados: três cada. A Norte responde pela maior quantidade de notificações, com 83 suspeitas da enfermidade.

Hoje começa o terceiro mutirão de combate ao mosquito. Funcionários da limpeza urbana vão recolher entulho e verificar onde há água parada nas áreas localizadas perto dos centros de saúde Havaí (Oeste de BH), Santa Mônica e Venda Nova. Segunda-feira é a vez da unidade do Aarão Reis (Norte da capital).

Em 2011, foram feitos 193 mutirões de limpeza nas nove regionais de BH. Foram recolhidas 1.823 toneladas de lixo e 4.507 pneus. Nas ações de prevenção e combate à dengue, além das visitas de rotina os agentes de saúde fazem o acompanhamento quinzenal de 1,7 mil pequenas armadilhas, com cor e cheiro que permitem atrair a fêmea do mosquito e avaliar a concentração de ovos do mosquito da dengue.
 


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