Jornal Estado de Minas

Estiagem permite perceber estragos por toda parte em BH

Buracos nas vias públicas estão espalhados pela cidade

Guilherme Paranaiba Valquiria Lopes

Um grande buraco atrapalha o tráfego na Avenida Mário Werneck, no Buritis - Foto: Tulio Santos/EM/D.A Press

 

 

A trégua dada pela chuva em Belo Horizonte foi recebida pela população como uma possibilidade de consertar os estragos causados pelos temporaisPorém, no primeiro dia útil depois de um longo período chuvoso, o que se viu ainda foi muita dificuldade principalmente relacionada aos buracos nas vias urbanasSó em dezembro, quando choveu mais de 700 milímetros na capital, a maior média em 100 anos de história, foram 4.838 pedidos de tapa-buracos pelo 156 da PBH, número que superou os pedidos de todo o 2009, quando foram 3.173 solicitações; 2011 foi fechado com 19.642 pedidos.

Um dos bairros que mais sofre com essa situação é o Buritis, Oeste da capitalAs ruas do entorno dos prédios condenados sofrem com a falta de manutençãoNa Avenida Professor Mário Werneck, principal corredor do bairro, o problema também dá as caras com frequênciaO ponto de ônibus entre as ruas Henrique Furtado Portugal e José Hemetério Andrade tem duas crateras no asfalto que dificultam a vida de pedestres e motoristas

No Bairro Jardim América, na mesma região, funcionários da PBH trabalharam nessa segunda-feira para corrigir os problemas do pavimento da Rua Conselheiro Joaquim Caetano, esquina com a Avenida Barão Homem de MeloSegundo os funcionários, na parte da manhã, foram tampados mais de 80 buracos no vizinho Bairro Salgado FilhoÀ tarde, a equipe trabalhou para refazer o pavimento em alguns pontos do Jardim América

No Bairro Caiçara, Noroeste de BH, não há previsão para a reconstrução da Rua Passa Quatro, onde um edifício desabou no início do mêsA Regional Noroeste informou que a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) está cuidando do caso, mas o órgão trabalha vistoriando os locais onde há risco de algum problema, como deslizamentos ou desabamentos

(GP)


Enquanto isso, túnel do Ponteio fechado


Enquanto o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Copasa não resolvem de quem é a responsabilidade pelo deslizamento da encosta que fica às margens da BR-356, em frente ao Ponteio Lar Shopping, no Bairro Belvedere, Centro-Sul da capital, quem sofre é a população que trabalha no localA queda do barranco derrubou a escadaria de acesso dos pedestres à passagem sob a rodovia e também interditou o tráfego dos veículosDessa forma, fica impossível cruzar a BR-356 e fazer o retorno de carro pelo túnelO Dnit afirma que o problema foi causado pelo rompimento de uma rede coletora da Copasa, enquanto a estal informa que já consertou a tubulação e não tem mais responsabilidade no local