Jornal Estado de Minas

Prefeitura deve levar um mês para retirar terra após tragédia em Ouro Preto

Mais de 2 mil caminhões serão usados para carregar terra. Abertura de rua interditada por deslizamento de terra vai demorar

Luana Cruz Mateus Parreiras

- Foto: Renato Weil/EM/D.A Press

Engenheiros da Prefeitura de Ouro Preto avaliaram a região da rodoviária da cidade onde aconteceu o deslizamento de terra na madrugada última terça-feiraCom o encerramento das buscas por vítimas, o trabalho agora é para remover a terra que despencou da encostaOs engenheiros acreditam que serão necessários 2.330 caminhões para carregar toda a terra e abrir passagem na Rua Padre Rolim, entrada da cidade histórica que ficou fechada depois da tragédiaO trabalho deve durar quase um mês

Os taxistas Denílson Maciel Araújo, de 26, e Juliano Alves, 28, morreram soterrados porque o deslizamento atingiu parte do terminal rodoviário onde estavam estacionadosO corpo de Juliano foi resgatado quase 18 horas depois da tragédia e Denílson foi retirada sem vida na quarta-feira

Mais problemas

Pelo menos cinco monumentos históricos e casario de mais de 300 anos de Ouro Preto podem ser atingidos por deslizamentos de encostasEspecialistas monitoram as áreas de instabilidade no município

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Na tarde desta quarta-feira, parte da Avenida René Giannetti, no Bairro Saramenha de Cima, desabou e atingiu uma casa que fica na lateral da pistaCom a queda, o trânsito de veículos entre o município e Ouro Branco e outros distritos, como Lavras Novas, Chapada, Santo Antônio do Salto e Santa Rita de Ouro PretoO acesso à Estrada Real também ficou fechado



De acordo com a prefeitura da cidade, já aconteceram 168 deslizamentos no município, nove residencias foram parcialmente atingidas, duas completamente destruídas, seis casas seguem em risco de desabamentoAlém disso, 68 famílias estão desabrigadas e 52 desalojada



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