Pais denunciam agressões a estudantes no Centro Pedagógico da UFMG

 Pais de alunos do 5º ano do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na Pampulha, Belo Horizonte, registraram boletim de ocorrência do 13º Distrito Policial do Bairro Ouro Preto, denunciando agressões sofridas por suas filhas por outros alunos da instituição, na manhã dessa quinta-feira. Uma menina de 10 anos, filha do bancário Paulo Sérgio de Souza, de 43, ficou com hematomas devido à violência, segundo o pai. “Foi no horário do recreio. Um grupo de meninos do 6º ano invadiu a sala da minha filha, do 5º ano, e começou a bater covardemente em todo mundo, principalmente nas meninas, que levaram tapas no rosto, chutes e arranhões. Os pais ficaram sabendo somente à tarde. Proibiram as crianças de telefonar para seus responsáveis, dizendo que o problema seria resolvido na escola. Minha filha ligou para a gente escondida. Não tinha nenhum professor no momento”, disse o pai. Para ele, não houve motivo aparente para a agressão.

O bancário, que registrou boletim de ocorrência, denuncia que essa não é a primeira agressão, mas que não há uma ação efetiva por parte dos responsáveis pela instituição. “A diretora alega que são muitos monitores, mas a gente não consegue achar um.”  Segundo ele, nessa quarta-feira foram 10 vítimas.

Em nota, a assessoria de imprensa da UFMG informou que tomou conhecimento dos fatos ocorridos entre estudantes do 5º e 6º anos e que, imediatamente, psicólogos e assistentes sociais intervieram para que cessassem as agressões. De acordo com as apurações já realizadas pela direção do CP, os problemas começaram nessa quarta-feira com ataques verbais dentro do veículo que faz o transporte escolar dos estudantes e se consumaram hoje dentro do CP. Entre os estudantes envolvidos foi a primeira vez que o fato ocorreu, ao contrário do que relatou um pai de aluna que, inclusive, efetuou recentemente a rematrícula dela para o próximo ano letivo. Todos os fatos estão sendo apurados pela direção do CP e que serão tomadas as medidas cabíveis em relação às agressores depois da total elucidação do ocorrido.