Jornal Estado de Minas

Começa julgamento de casal acusado de matar e sumir com corpo de secretária

O júri acontece no Fórum Lafayette em Belo Horizonte e vai definir o destino do cabo Edivaldo Sales Simplício e da mulher dele, Geralda da Silva Sales Simplício

Luana Cruz Paula Sarapu
Cabo Edivaldo Sales Simplício sentado no banco dos réus em BH - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Pres
Começou por volta de 8h50 desta quarta-feira o julgamento do casal acusado de matar secretária Viviane Andrade Brandão Camargos, 25, que desapareceu em dezembro de 2002Os restos mortais da vítima nunca foram encontradosOs sete jurados do conselho de sentença do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte têm uma árdua tarefa de julgar o cabo Edivaldo Sales Simplício, de 43 anos, e da mulher dele, Geralda da Silva Sales Simplício, de 41, acusados de um crime de homicídio sem corpo

A audiência será comandada pela juíza Célia Ribeiro de VasconcelosEdivaldo se sentou no banco dos réus, mas afirma que as provas da acusação são forjadasA promotoria, entretanto, quer pena máxima para o policial e a esposa dele

O júri do caso Viviane Brandão reabre feridas em famílias de mulheres desaparecidas e se assemelha ao caso do desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, caso em que o goleiro Bruno Fernandes é um dos acusados

De acordo com a denúncia, Viviane namorava o sobrinho de Geralda, mas começou um relacionamento amoroso com EdivaldoSegundo o Ministério Público, do relacionamento, que foi descoberto pela esposa, resultou uma gravidezA vítima conheceu outro homem, se casou, mas continuou se encontrando com o policial.

Além primeira filha, Viviane teve mais duas crianças, que ela não sabia se eram do marido ou do amanteAinda de acordo com a acusação, ela se separou e continuou mantendo relacionamento com o Edivaldo
Viviane queria provar que pelo menos uma das filhas era do policialEdivaldo já estava pressionando-a para o fim do romanceA esposa, Geralda, sabendo da traição começou a ameaçar a secretária.

Diante do impasse na relação amorosa, Edivaldo e Geralda fizeram um plano para atrair a vítima e matá-laO Ministério Público acredita que a secretária foi morta a tiros e com o uso de uma corda, embora o corpo nunca tenha sido encontradoEsse é o principal ponto usado pela defesa dos acusadosNo entendimento dos advogados, ninguém viu Edivaldo e a vítima juntos antes do desaparecimento delaA defesa alega ainda que as investigações são inconclusivas e que as provas colhidas não indicam participação do casal no desaparecimento do corpo de Viviane

Familiares protestam e pedem Justiça na porta do Fórum Lafayette em BH - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Pres


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