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Estado de Minas

Visitante se perde no trânsito confuso de BH


postado em 06/11/2011 07:52

Para os estrangeiros, a comunicação é difícil não apenas no diálogo. A visual também se complica principalmente para quem arrisca pegar um carro e dirigir na cidade. O indiano Avishek Nigam que o diga: “Prefiro pegar táxi. Há sinalização nas vias principais, mas, com os altos e baixos típicos da geografia da cidade, você sempre pega uma rua estreita que não sabe onde vai dar. Vejo placas para Rio e São Paulo, mas dos bairros, só mesmo quando se está perto deles”, reclama.

Há um problema grave de sinalização. Não há placas indicando as direções. Nas faixas de pedestres, os carros não param - Rubem Alberto Escudero, representante argentino(foto: Cristina Horta/EM.D.A/Press)
Há um problema grave de sinalização. Não há placas indicando as direções. Nas faixas de pedestres, os carros não param - Rubem Alberto Escudero, representante argentino (foto: Cristina Horta/EM.D.A/Press)
O representante Rubem Alberto Escudero, de 37 anos, saiu de Buenos Aires para BH há pouco mais de 20 dias. Já no aeroporto de Confins, estranhamento quanto à falta de sinalização em espanhol. Como o português e o espanhol são línguas próximas, a comunicação acaba sendo facilitada. “É difícil, mas a maioria das pessoas está bastante aberta para entender”, diz. Complicado mesmo, segundo Rubem, é passear pela cidade, de carro ou a pé. “Há um problema grave de sinalização. Não há placas indicando as direções. Atravessar a rua também é uma aventura, pois quando há faixas de pedestres, os carros não param”, afirma.


Rubem topou fazer um teste com a missão de seguir do Bairro Buritis, na Região Oeste, para o Mineirão, na Pampulha. Ele optou por passar pelo Centro e, já na saída do bairro, dúvida e confusão, pois as placas indicativas sempre estão em cima do local de direção. Na Raja Gabaglia, entre idas e vindas, retornos e o encontro com a Avenida Barão Homem de Melo, mais pressão: “É impossível saber qual é qual. Eu até poderia voltar para o mesmo lugar, pois nenhum lugar fala que é a Raja”.

Depois de encontrar o taxista, ele chegou a Rua Guajajaras, esquina com Avenida Bias Fortes, onde há placa indicando Centro à esquerda e Savassi à direita. Para saber onde está a Pampulha, só se o motorista fizer a opção correta e virar à esquerda, já que a placa está do outro lado da avenida. “Não sei se estou a 10 quarteirões ou a uma hora de viagem. Não há placas indicando a distância em nenhum local. É preciso pôr também placas com cores diferentes para deixar claro quais são as regiões e o que são pontos turísticos”, diz. Se nada mudar até os jogos da Copa, o turista só verá o nome Mineirão quando chegar à Avenida Pedro II, esquina com a Carlos Luz. E indicação em outros idiomas, só mesmo ao lado do estádio.


No trajeto de volta, nova surpresa. Não há indicação do sentido Centro. Na Avenida Abraão Caram, a única placa está perto da Antônio Carlos, sinalização instalada provisoriamente por causa das obras no local. No Complexo da Lagoinha, as setas levam o motorista sem experiência na cidade a passar por baixo do viaduto e a parar no Barro Preto. Sem placas, lá ia Rubem guiando sentido Savassi, para pegar a Rio Grande do Norte, Nossa Senhora do Carmo e, finalmente, reconhecer o acesso pelo BH Shopping. Um trajeto que levaria cerca de meia hora durou uma hora e 20 minutos do Bairro Buritis ao Mineirão e uma hora no retorno.


A BHTrans informou que a sinalização ficará a cargo da Belotur. A empresa municipal de turismo, por sua vez, disse que as placas serão instaladas ou trocadas na época do Mundial.


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