Jornal Estado de Minas

Corregedor apresenta resultados sobre o caso de militares envolvidos em homícidio de andarilhas

Tábita Martins Andréa Silva
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O Corregedor da Polícia Militar, Coronel Hebert Fernandes, apresentou neste sábado os resultados da apuração do caso do homicídio e da tentativa de homicídio, contra moradoras de rua, na Região Centro-Sul de Belo HorizonteOs dois militares prestaram depoimento e negaram o assassinato, mas admitiram que saíram da rota de trabalho e se dirigiram até o local do crime por motivos pessoaisSegundo informado, os dois trabalhavam como segurança  no local onde aconteceu o crime, nos momentos de folga da corporação.

Eles alegaram que estavam fardados e usaram a viatura da políciaO corregedor informou ainda durante coletiva que os militares ficarão presos por 30 dias e que o inquérito para apurar o caso já foi abertoUma andarilha que foi atingida com um tiro no olho e identificada como Lucinéia Lopes da Silva, de 40 anos, morreu.  A outra mulher que levou  baleada na mão permanece internadaEla fez o reconhecimento dos militares por meio de fotografiasOs dois suspeitos pertencem ao 22º Batalhão da Poilícia Militar de Belo Horizonte.

Entenda o caso

Um soldado do 22º Batalhão da Polícia Militar pode estar por trás do assassinato de uma moradora de rua e da tentativa de homicídio de outra, na noite de quarta-feira, num posto de combustível desativado na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Pedro, Centro-Sul de BH

Há informações não oficiais de que o soldado fazia bico como segurança num empório próximo ao posto desativado e recentemente o estabelecimento teria sido assaltado quando o policial estava de serviço no localOs bandidos, já com informações de que o segurança trabalhava armado, renderam o soldado e tomaram a armaOs ladrões seriam comparsas de um homem conhecido como Bilu, que estava foragido da Justiça e foi preso anteontemEle costumava dormir no posto de combustível desativado
À procura de informações sobre o paradeiro dos criminosos, o soldado, fardado, teria ido atrás de Bilu numa viatura e atirado nas vítimas

O tenente-coronel disse que o soldado é suspeito, mas ainda não existe prova que o ligue aos crimes“Estamos aguardando o resultado da balísticaSomente com o resultado é que poderemos saber se arma usada era a do soldado”, informou o oficial.