Entenda o caso
Segundo a denúncia do MPF, os acusados iniciaram a ação na rodovia que liga Arinos a Chapada Gaúcha Encapuzados, vestidos com roupas camufladas e fortemente armados, abordaram o motorista de um veículo, tomaram a direção e o fizeram refém No trajeto até a cidade de Chapada Gaúcha, o grupo abordou mais um veículo onde viajavam pai e filho, que também foram feitos reféns e tiveram R$ 600 roubadosEnquanto executavam esse roubo, outro veículo chegou ao local e seu condutor e passageira também foram roubadosO primeiro refém foi libertado e os demais seguiram em poder dos assaltantes até a cidade.
De acordo com o Ministério Público, já na cidade, os homens dispararam várias vezes contra a fachada da agência dos Correios e de vários outros prédios vizinhos, inclusive contra a sede do 5º Grupo da Polícia Militar Em seguida, utilizando os reféns como escudo humano, entraram nos Correios, e, rendendo as pessoas que lá se encontravam, roubaram dinheiro das vítimas, dos caixas e pertencesEm seguida, o grupo foi até um estabelecimento comercial vizinho, onde também roubaram dinheiro e outros materiais, obrigando todas as vítimas a integrar o grupo de reféns que formava o escudo humano
Na fuga, os denunciados atiraram novamente e levaram cinco vítimas, que só foram soltas a cerca de 5 quilômetros da cidadeNesse período, um motociclista também foi abordado e roubado Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, a quadrilha abandonou os carros na estrada que liga Chapada Gaúcha a Januária e se embrenhou na mata, onde cada um tomou um rumo diferentePerseguidos pela Polícia Militar, quatro assaltantes foram presosUm deles conseguiu fugir e outro morreu no tiroteio
Sentença
Para o juiz federal, "as circunstâncias do crime demonstram agressividade e periculosidade dos réus, que agiram com armamento pesado, inclusive com uma submetralhadora e armas de uso restrito", e, ao dispararem em via pública e contra a polícia, demonstraram "excesso de violência e intuito intimidatório da população e das forças policiais"
Durante as investigações, os condenados confessaram em detalhes o planejamento da ação voltada para o roubo ao Banco Postal dos Correios, que, segundo acreditavam, iria receber R$ 1 milhão naquele dia para o "pagamento dos aposentados" Conforme o MPF de Patos de Minas, dos cinco réus, dois estão sendo investigados por crimes praticados no Maranhão e todos os quatro condenados estão presos na Penitenciária de Segurança Máxima Agostinho de Oliveira, em Unaí
Com informações do Ministério Público Federal em Minas Gerais