Com a cesariana agendada para hoje, a vendedora Danúbia Siqueira, de 23 anos, se encaixa nesse perfil“Na semana passada, o médico disse que não estava tendo dilataçãoComo teria de ficar no soro e poderia sentir muita dor e sofrer, preferi optar logo pela cesariana”, contaTambém ouvi pessoas dizerem que ficaram com a função sexual comprometida e não quis arriscar”, afirmaTambém com medo da dor do parto, a cabeleireira Tamires Honório Silva, de 24, não hesitou em optar pela cesariana assim que começou a ter contrações“Esperava que fosse normal, mas fiquei com medo de passar aperto e preferi fazer a cesarianaApesar de a recuperação ser mais demorada, fiquei satisfeita pela escolha.”
Para a coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Cristina Albuquerque, essa visão deve ser mudada e o que precisa ser levado em conta são os riscos para a saúde da mulher e do bebê“Parto normal se tornou anormal e isso não pode continuar a ocorrerA cesárea sem indicação aumenta o índice de mortalidade infantil e de complicações para a saúde da mulherA criança deve nascer no tempo certo.”
Defensora da inversão dos números, Sônia Lansky alerta que quando a cesariana é feita sem indicação a mulher pode sofrer infecções pós-parto, complicações da anestesia, ter o aleitamento materno comprometido e a interação mãe e filho atrasada