A Promotoria Criminal de Guaxupé, no Sul de Minas, pediu uma nova perícia sobre o caso da morte de um bebê de quatro meses ocorrida em junho deste ano em uma creche da cidade. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o inquérito da Polícia Civil aponta que a morte da criança teria sido causada por falta de alimentação e dois funcionários seriam os responsáveis.
Conforme o MPMG, há cinco dias foi solicitada uma perícia complementar e o instituto de criminalística da cidade tem 30 dias para finalizar as investigações. Só então o Ministério Público pode analisar se oferecerá denúncia contra os funcionários ou não.
Entenda o caso
Segundo a polícia, a mãe do menino contou que deixou o filho na creche, localizada no Bairro Santa Cruz, pela manhã. À tarde ela foi surpreendida por um telefonema de funcionários do estabelecimento, dizendo que o filho estava passando mal. Quando a mãe chegou na creche, foi informada que seu bebê foi levado para o Pronto-Socorro. Somente lá ela soube que o filho havia morrido.
A Polícia Militar foi chamada pela mãe para registrar Boletim de Ocorrência. Funcionários da creche teriam relatado aos policiais que o bebê se recusou a mamar pela manhã e que, no começo da tarde, perceberam que sua pele estava com tom roxo e que ele não respirava.
A mãe do bebê prestou depoimento na delegacia da cidade em 9 de junho. Segundo do delegado Marcos Pimenta, responsável pelo caso na época, a mulher contou que o filho havia acabado de se recuperar de uma pneumonia. Segundo ela, a criança começou a tossir três dias depois de entrar na creche. Ela passou por exames que apontaram indícios de pneumonia e foi afastada da instituição. O menino só voltou ao local na semana anterior à morte. A mulher disse ainda que havia alimentado a criança antes de deixá-la na creche.