Jornal Estado de Minas

Governo de Minas propõe piso proporcional de R$ 712 aos professores

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri Liliane Luchin
Em reunião com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), nesta quarta-feira na sede do Ministério Público de Minas Gerais, o governo de Minas propôs um piso salarial de R$ 712 como vencimento básico para os professores da rede estadual
Com esse valor, o governo afirma que cumpre o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), em acordo com a Lei Federal 11.738, que regulamenta o salário de R$ 1.187 para servidores que exercem 40 horas semanaisSegundo a Secretaria Estadual de Educação (SEE), como os professores de Minas trabalham 24 horas semanais, a regra prevê a proporcionalidade do salárioConforme o sindicato, atualmente o governo paga o piso de R$ 369.

De acordo com a Procuradoria Estadual de Defesa da Educação do Ministério Público de Minas Gerais, com essa proposta o governo cumpre a lei federal e o acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF)Portanto, mesmo que as negociações continuem, a greve deveria acabar imediatamenteA coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, afirmou, ao deixar a reunião, que a proposta é ruimSegundo Cerqueira, com a proposta o governo desconsidera a formação do professor, pois pagará esse piso para trabalhadores com formação de ensino médio ou superior De acordo com ela, a proposta também descarta o tempo de serviço dos profissionaisTudo indica que a greve vai continuar, mas a decisão vai sair da assembleia que acontece hoje às 14hNesta manhã, o governador Anastasia se reuniu com o ministro da Educação, Fernando Haddad para discutir questões relacionadas à greve nas escolas estaduais mineirasAnastasia reafirmou que o estado paga o piso salarial aos professores
Confira.



A greve dos professores já completou 85 diasSegundo a Secretaria Estadual de Educação (SEE), das 3.779 escolas estaduais de Minas, a rotina em mais de três mil não mudou e as aulas não foram interrompidasSão 61 escolas totalmente paralisadas, o que corresponde a 1,6% do total de 3.779No início da greve, em junho, esse número chegou a 145, mas já caiu em mais da metadeJá as instituições de ensino que estão parcialmente paralisadas somam 758