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Estado de Minas IRRESPONSABILIDADE

Carretas pesadas nas mãos de motoristas bêbados

Em apenas um dia, Polícia Rodoviária Federal flagra três caminhoneiros dirigindo embriagados em rodovias de Minas


postado em 20/08/2011 06:00 / atualizado em 19/08/2011 22:33

A ameaça que representa o número crescente de carretas trafegando pelas rodovias federais mineiras tem uma faceta ainda mais grave: a irresponsabilidade dos caminhoneiros embriagados conduzindo toneladas de cargas. Somente nesta sexta-feira a Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou em Minas Gerais três motoristas dirigindo sob efeito de álcool. Foram duas carretas bitrem e uma cegonheira. Na edição dessa sexta, o Estado de Minas mostrou que os veículos de carga são responsáveis por uma em cada quatro mortes nas estradas federais, além de terem representado 48% das ocorrências de acidentes.

Por volta da meia-noite dessa quinta-feira, a PRF de Montes Claros, no Norte de Minas, parou uma cegonheira carregada com 11 carros no km 375 da BR-135. Esse tipo de veículo longo e pesado não pode circular fora do período entre as 6h e as 18h. Quando conversaram com o motorista, um homem de 38 anos, os policiais desconfiaram de seu estado de sobriedade e o pediram para soprar o bafômetro. O teste registrou 0,78 miligramas de álcool por litro de ar expelido, configurando crime de trânsito.

Já de manhã, outro condutor que passava pela mesma estrada numa carreta bitrem carregada com gesso foi parado no posto da PRF. Os policiais constataram que o peso transportado estava acima do permitido e também fizeram o teste do bafômetro no caminhoneiro de 44 anos. O resultado registrado também foi acima do limite. Os dois foram detidos e conduzidos para a Delegacia da Polícia Civil de Montes Claros. O terceiro embriagado foi flagrado no km 706 da BR-116, em Muriaé, na Zona da Mata. A carga também estava acima do peso e tamanho permitido para a rodovia. O caminhoneiro também foi detido e levado para a delegacia e o caminhão apreendido.

ESTRADAS Para especialistas, como o mestre em engenharia de transportes pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) do Rio de Janeiro, Paulo Rogério da Silva Monteiro, a expansão da frota de caminhões no Brasil e no estado mostram a preferência do governo em investir nas estradas, por serem mais baratas do que ferrovias e hidrovias. "Sem investimentos em outras formas de transporte, restou aos caminhões absorverem a demanda. Só que as estradas são praticamente as mesmas de 2000", avalia Monteiro.

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em 2000 a frota brasileira de caminhões e carretas era de 2.180.000 e 251.333, respectivamente. Em maio deste ano, o departamento registrou 4.048.194 veículos de carga no país e 453.043 em Minas, o que representa crescimento de 85,6% e de 80%.


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