Movimentação intensa no julgamento do borracheiro acusado de matar a ex-mulher dentro de um salão de beleza da capital Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, familiares, testemunhas, advogados e curiosos tomam conta do I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, onde Fábio Willian da Silva vai a júri popularO réu foi uns dos primeiros a chegar e como de costume, se manteve em silêncioA audiência que estava marcada para às 8h30, começou com uma hora de atrasoDez testemunhas, sendo cinco para cada uma das partes foram arroladas para o júriNa fase de instrução do processo foram ouvidas oito testemunhas, sendo três de acusação e cinco de defesa.
O advogado de defesa Ércio Quaresma Firpe, prometeu revelações durante o júriO polêmico defensor afirma que o borracheiro vai revelar o que a ex-mulher, Maria Islaine, disse quando ele entrou no salão de beleza“Ela teria provocado e o Fábio vai contar detalhes e os vídeos serão exibidos durante a audiência”, resume.
Quaresma tornou a afirmar que a condenação é merecida e justa, mas ressaltou que vai buscar justiça com relação à aplicação da pena e vai tentar derrubar as duas qualificadoras e talvez uma terceira tese no plenárioSegundo ele, seu cliente se arrepende do que fez a cada manhã
Familiares da cabeleireira chegaram ao fórum vestidos com uma camisa com a foto de Maria Islaine e com os dizeres: “Justiça, Saudades Eterna”No entanto, foram obrigados a virar a blusa, por determinação do júri
O borracheiro foi pronunciado em 15 de junho de 2010 por por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, sem chance de defesa para vítima e com emprego de meio que resultou em perigo comumA sentença foi preferida pela juíza Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, do I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette
Os advogados José Arteiro Cavalcante Lima e Marco Antônio Siqueira serão os assistentes da acusaçãoJá a defesa de Fábio Willian será feita por Ércio Quaresma FirpeO Ministério Público será representado pelo promotor Marino cotta
Se condenado, o borracheiro pode pegar de 12 a 30 anos de prisão
O crime
Fábio levou apenas 48 segundos para invadir o salão de beleza de Maria Islaine e matá-la com oito tiros (quatro no peito, três nas costas e um na cabeça)Estava inconformado com o fim da relação e com a partilha dos bensO crime, registrado pelas câmeras de segurança do salão, ocorreu às 8h40 de 10 de janeiro do ano passado, no Bairro Santa Mônica, Região de Venda Nova
A cabeleireira havia registrado diversos boletins de ocorrência denunciando as ameaçasQuando ela morreu, a família entregou cópias das queixas à polícia, alegando que a tragédia já era anunciada e que nenhuma providência havia sido tomadaEm abril de 2009, Fábio foi enquadrado na Lei Maria da Penha e havia, inclusive, uma ordem judicial para ele nãos e aproximar de Maria Islaine
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