O problema maior é vivido na Região Centro-Sul, que concentra 26% da demanda de serviços de controle ambiental da cidade, sendo 90% dela referente à poluição sonoraPara evitar o conflito entre quem quer tranquilidade e aqueles que buscam a diversão, moradores do Bairro de Lourdes, com 25 mil habitantes e 57 bares e restaurantes, pretendem testar, no próximo mês, com o aval da prefeitura, o toldo antibarulho em um dos estabelecimentos do bairro.
Há mais de um ano, a Associação dos Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou) negocia com o Executivo a instalação do equipamento, retrátil e feito de fibra de policarbonato“O perfil da população em Lourdes é de mais de 40 anosÉ gente que trabalha e, a partir de um certo horário, quer descansar”, afirma o presidente da instituição, Jeferson Rios, informando que a instalação foi autorizada em reunião com a prefeitura, em julhoO teste será feito no Boi Lourdes, casa de carnes na Rua Alvarenga PeixotoO estabelecimento já se adequou em relação à disposição das mesas, marcando com correntes a passagem de pedestres“A preocupação do bar é atender todo mundo: clientes, pedestres e moradores.”, afirma Dawson Lúcio da Silva
A arquiteta Edwiges Leal, moradora do Bairro Sion, ao lado da Rua Pium-í, endereço de bares, choperias e casas noturnas, preferiu tomar ela própria as providências e instalou um vidro antirruído na janela do quartoO investimento de R$ 6 mil foi o preço da noite de sono“Gosto dos bares, quando comprei meu apartamento, ano passado, sabia dessa condiçãoO problema foi quando abriu um bar novo, que é um ‘vuco-vuco’ à noite toda
Cansados de passar a noite em claro, moradores do Bairro Santo Antônio e entorno da Avenida Prudente de Morais defendem braço firme da prefeitura nas restrições às mesas e cadeiras nas calçadas“Se a prefeitura bater forte e fazer cumprir a lei em favor da comunidade, a população vai bater palma”, comenta Gegê Angelino, presidente da Amor-Santo, que atua na área.
Enquanto isso...Santa Tereza pede mudanças
Sem licença para usar mesas e cadeiras nas calçadas, donos de botecos de Santa Tereza, reduto boêmio na Região Leste da capital, esperam entregar hoje ao prefeito Marcio Lacerda carta com pedidos para alterar legislações que restringem a práticaEmbora a assessoria do chefe do Executivo não confirme, empresários esperam a visita de Lacerda, às 10h, na Praça Duque de CaxiasApenas três bares têm a licença para servir clientes ao ar livre, marca da boemia no bairro“Não damos nenhum problema aos vizinhos e não podemos ser punidos por issoPode estar frio ou calor, ninguém quer sentar dentro do bar”, afirma o proprietário do Bartiquim, Rômulo César da Silva, o Bolinha