Projetado pelo arquiteto italiano Rafaello Berti, o antigo Cine-Theatro Santa Efigênia sediou por 14 anos a casa de shows administrada por Guilardo VelosoO empresário pagava R$ 8 mil mensais de aluguel, valor que o dono pretendia aumentar para entre R$ 20 mil e R$ 30 mil“Ofereci R$ 14 mil, mas ele não aceitou”, revelou Guilardo, que devolveu o imóvel Depois do tombamento, o proprietário tentou transformar o antigo cinema em estacionamentoArtistas e comunidade se mobilizaram, reivindicando a desapropriação.
O compositor Makely Ka, presidente da Cooperativa da Música de Minas Gerais, considerou o decreto do prefeito uma vitória, mas ponderou que a decisão, por enquanto, é “um indicativo de desapropriação”O processo envolvendo a questão é longo e depende de pareceres técnicos, ponderouO Fórum da Música, entidade que reúne artistas da capital, propôs à prefeitura que o espaço seja utilizado para finalidades culturais, mas seguindo parâmetros sociais e educacionaisEle poderia ser autosustentável, administrado por gestão compartilhada entre poder público e sociedade civil, afirma Makely Ka.
“A primeira etapa do processo foi vencida
Nos últimos meses, a manutenção do espaço cultural foi alvo de campanha na internetMobilizou, sobretudo, artistas da cena independente da capitalHá algum tempo, a iniciativa da comunidade salvou da demolição outro patrimônio cultural de BH, o Cine Santa Tereza