Jornal Estado de Minas

Réus soltos do Bando da Degola vão responder por pelo menos quatro crimes

João Henrique do Vale

Gabriela Costa, Sidney Beijamin e Luiz Astolfo vão responder os crimes em liberdade - Foto: Montagem/arquivo/D.A.Press

 

A Justiça fez a pronuncia dos três réus soltos do Bando da Degola, grupo acusado de assassinar brutalmente os empresários Rayder Santos Rodrigues e Fabiano Ferreira Moura, em abril de 2010, no Bairro Sion, Região Centro-Sul da capital A médica Gabriela Costa e o pastor Sidney Beijamin vão responder pelos crimes de homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão e destruição, subtração ou ocultação de cadáverJá o advogado Luiz Astolfo foi absolvido pelos homicídios, mas responderá pelos outros crimesEles vão responder em liberdade

De acordo com o Ministério Público, a participação de Luiz Astolfo nos crimes “se limita ao fato de ele ter repassado informações privilegiadas sobre as vítimas ao acusado Frederico Flores, líder do bando, de forma a facilitar a execução do sequestro e extorsão Examinando as provas no processo, o juiz verificou que nenhuma testemunha ou os outros acusados mencionaram o envolvimento do advogado no homicídio

Outros réus do processo, o norte-americano Adrian Grigorcea., o policial André Bartolomeu e o advogado Arlindo Lobo, serão levados a júri popularEles foram pronunciados em dezembro de 2010 pela juíza Maria Luíza de Andrade Rangel Pires, do 2º Tribunal do Júri de Belo HorizonteOs três estão presos

Já o líder da quadrilha, o estudante de direito Frederico Flores, passou por exame sanidade mental que o diagnosticou como agente semi-imputável Isso significa que o réu não era inteiramente capaz de compreender o caráter ilícito e a gravidade dos crimes

Flores, porém, terá de enfrentar o júri popular e, sujeito a condenação e cumprimento de pena numa prisão.