Criar uma lei que venha obrigar os mototaxistas a exibirem, em destaque, no colete e no capacete o número da placa da moto. Esta é uma das medidas estudadas pelas autoridades para diminuir a quantidade de crimes praticados com o uso de motocicletas em Montes Claros. O anúncio é do comandante do 50º Batalhão da Policia Militar de Montes Claros, tenente coronel Jorge Bonifácio de Oliveira.
Conforme mostrou reportagem do Estado de Minas, o uso de motos no crime virou uma grande preocupação em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, estatísticas demonstram que os veículos de duas rodas são usados em 60% dos assaltos à mão armada. Em Montes Claros, de acordo com a Policia Militar, esse percentual sobe para 70%. A cidade vive uma onda de assassinatos ligados à disputa pelo tráfico de drogas. Neste ano, até o último fim de semana, foram registrados 53 homicídios no município e na grande maioria deles, os autores usaram a moto para cometer os crimes e fugirem rapidamente, além de recorrer ao capacete para não serem identificados.
“A moto é um veiculo muito dinâmico, que permite uma fuga rápida. Além disso, com o uso do capacete, a pessoa pratica o delito sem ser identificada”, observa o tenente coronel Jorge Bonifácio. Ele reconhece que a lei que impede o uso do capacete em estabelecimentos comerciais e prédios ainda não foi capaz de impedir os assaltos em locais, como postos de gasolina. “Com tantas motos em circulação, o combate ao crime fica mais difícil. Mas, temos intensificado as operações e “blitz”, tentando identificar os marginais que usam motos”.
Na cidade circulam cerca de 52,9 motos, de acordo com números da Empresa Municipal de Planejamento Gestão e Educação no Trânsito de Montes Claros (MC Trans). O comandante do 50º Batalhão da PM anuncia que, além da mudança na legislação, as autoridades pretendes tomar outras medidas para coibir os criminosos praticados com o emprego de motos. Uma das ações é o reforço da “moto patrulha” da Policia Militar. Hoje, a corporação conta com cerca 30 homens que trabalham com motocicletas no policiamento ostensivo e a meta é aumentar esse numero, informa Jorge Bonifácio.