A iniciativa, porém, não surtiu efeito“O problema é que não temos poder de polícia para impedir o acesso aos postos por pessoas usando capacetesAssim, os assaltos continuam”, afirma o diretor regional do Sindicato dos Revendedores de Derivados de Petróleo (Minaspetro) em Montes Claros, Márcio Hamilton LimaSem alternativa, a maioria dos donos de postos recomenda que os frentistas nunca reajam e sempre andem com pouco dinheiro, no máximo R$ 30.
A tática para cometer os assaltos se repete: os criminosos andam em dupla, numa única moto, cuja placa é retirada ou tem a numeração cobertaHá casos em que os bandidos abastecem antes de anunciar o roubo, como relata o frentista Franz Lopes, de 44 anos, que já foi assaltado três vezesTeve mais sorte do que o colega de profissão Anísio Ribeiro, de 49 anos, que há 10 trabalha em um posto da cidade e já foi roubado seis vezes.
O comandante do 50º Batalhão da Policia Militar de Montes Claros, tenente-coronel Jorge Bonifácio de Oliveira, salienta que o excesso de motos na cidade contribui para que esse tipo de veículo seja usado em cerca de 70% dos assaltos e dificulta o combateDe acordo com dados da Empresa Municipal de Transito (Mc Trans), em maio, Montes Claros já contava com 50,5 mil motos.