Além de perigoso, comer fora de casa é bem mais caro
A pesquisa leva em consideração a refeição no horário do almoço em estabelecimentos que recebem tíquetes, cartões e vales-alimentaçãoA média foi definida no fim do ano passado, com valor-base de R$ 18,20 no país, alta de 16%O presidente da Assert, Artur Almeida, acredita em nova elevação neste ano“A inflação voltou a crescer e tem sido motivo de preocupação para todos”, destaca Almeida.
A expectativa de Almeida encontra eco quando analisado um dos subitens do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): a refeição fora de casa, que subiu 10,62% no ano passado e 4,22% de janeiro a abrilEm ambos os períodos a inflação para quem come na rua é superior à geral: 5,92% no ano passado e 3,24% até abril, pelo IPCAO peso dos alimentos representou quase 40% da inflação no ano passado.
Para Almeida, a pressão prosseguirá por causa do aquecimento da economia brasileira, com aumento do emprego e da renda, que provocou maior demanda por alimentos; valorização das principais commodities, como café e açúcar, no mercado internacional e problemas climáticos
Ele destaca que os brasileiros têm necessidades, cada vez maiores, de se alimentarem fora de casa“O país tem problemas estruturais de mobilidade urbana”, observaAlmeida também ressalta o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho e o modelo familiar cada vez mais reduzido.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (Abia) o mercado de alimentação fora do lar, o Food Service, representa 30% das vendas da indústria de alimentos e nos últimos anos cresceu, em média, 13%, movimentando R$ 180 bilhões por anoPesquisa do IBGE de 2009 mostra que o percentual das despesas com alimentação fora de casa representa 31,1% dos gastos com alimentos, contra 24,1% em 2003.