Jornal Estado de Minas

Acusado de matar empresários em Juatuba é ouvido novamente para esclarecer crime

As vítimas foram encontrados carbonizados dentro de uma Parati da família, na manhã de sábado, em Juatuba - Foto: Reprodução TV Alterosa

O empresário João Francisco de Castro, conhecido como João do Gelo, de 43 anos, presta novo depoimento nesta quinta-feira ao delegado Jorge Melo, de Mateus Leme, Região Metropolitana de Belo Horizonte, para esclarecer detalhes do bárbaro crime que cometeuEle confessa ter assassinado e queimado o também empresário José Antônio Eustáquio Alves, de 55 anos, e o filho deste, Felipe Henrique Alves, de 25, para não pagar parte de uma dívida de R$ 75 mil

Veja imagens da ação que terminou com a prisão de João do Gelo

Pai e filho desapareceram sexta-feira e foram encontrados carbonizados dentro de uma Parati da família, na manhã de sábado, em Juatuba, também na Grande BHJoão do Gelo também pretendia matar outro filho de José Antônio, Guilherme Antônio Alves, de 24, que estava preso no porta-malas do mesmo veículo, levou um tiro, conseguiu escapar e pedir socorroFamiliares das vítimas também vão ser ouvidos nesta quintaEles devem fazer o reconhecimento da letra do parente em um recibo no valor de R$ 50 mil.

Equipes de investigadores estão na rua nesta manhã tentando prender o comparsa de João do Gelo, identificado por FernandoO delegado tem esperança de localizá-lo nas próximas horasJoão do Gelo, que é dono de uma fábrica de gelo em Betim, região metropolitana, está preso no Presídio de JuatubaO acusado confessa que levou o empresário e os dois filhos para Juatuba na Parati das vítimasJosé Antônio e Felipe estavam amarrados no banco traseiro e Guilherme preso no porta-malasConfessou ainda ter atirado nas vítimas e ateado fogo no carro com os corpos dentro
O comparsa Fernando, segundo João do Gelo, também foi para o local do crime dirigindo uma caminhonete para levá-lo de volta a BetimO delegado também solicitou novas perícias no carro queimado

A família das vítimas esteve quarta-feira no Instituto Médico Legal (IML) e não conseguiu a liberação dos corposSegundo a Polícia Civil, eles somente poderão ser sepultados depois da conclusão dos laudos dos exames de DNA e de arcada dentária que vão identificar as vítimas oficialmenteO rapaz que sobreviveu foi ouvido domingo no hospital onde permanece internado.