A família de José Antônio Eustáquio Alves, de 55 anos, e Felipe Henrique Pessoa Alves, de 25, mortos e carbonizados na noite da última sexta-feira em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deve ir nesta quinta-feira até a delegacia de Polícia Civil de Mateus Leme para fazer o reconhecimento da letra do parente em um recibo no valor de R$ 50 mil. Na terça, policiais cercaram as ruas do Bairro Jardim Teresópolis, em Betim, em busca do suspeito de matar pai e filho. João Francisco de Castro, o João do Gelo, foi preso e confessou os crimes.
Conforme Jorge Melo, os investigadores ainda estão em busca de um comparsa de João do Gelo, o Fernando, que pode ser preso a qualquer momento. Em depoimento, João do Gelo negou a participação de outras pessoas nos assassinatos, mas confirmou que teve ajuda de Fernando, que seria funcionário da Gelaska, a empresa do autor. As mortes teriam ocorrido para que João não pagasse o valor referente à compra de refrigeradores na empresa de José Antônio, que fica em Contagem.
Na sexta-feira, mãe e filha de João do Gelo irão prestar depoimento. Elas já negaram qualquer participação nos crimes, mas o possível envolvimento delas será investigado, conforme o delegado. Os corpos de José Antônio e o filho Felipe ainda estão no Instituto Médico Legal, em Belo Horizonte, para recolhimento do DNA e reconhecimento. João está preso na cadeia de Juatuba e, conforme o delegado, por se tratar de um crime hediondo, a prisão temporária dele é de 30 dias.