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Estado de Minas

Funed distribui medicamento a portadores de HIV

Para repasse a pacientes, fundação começa a entregar em todo o país remédio produzido em Minas e que faz parte do coquetel antirretroviral para combater doença


postado em 18/05/2011 06:00 / atualizado em 18/05/2011 06:23

A Funed espera produzir com parceiros 50 milhões de comprimidos até 2014, com uma economia de mais de R$ 110 milhões em três anos para o Ministério da Saúde(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 9/2/11)
A Funed espera produzir com parceiros 50 milhões de comprimidos até 2014, com uma economia de mais de R$ 110 milhões em três anos para o Ministério da Saúde (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 9/2/11)


No ano em que a doença mais temida do mundo, a Aids, completa 20 anos no Brasil, Minas Gerais dá um passo à frente no tratamento dos pacientes soropositivos. Pela primeira vez na história brasileira, por meio de parceria público-privada, envolvendo a Fundação Ezequiel Dias (Funed), o medicamento genérico Tenofovir é produzido em território nacional, mais precisamente em Minas. Até 2014 , cerca de 50 milhões de unidades do remédio serão distribuídas no país.

A primeira remessa já está sendo feita. Nos últimos dias, 2,2 milhões de comprimidos foram entregues. Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Santa Catarina e Goiás receberam a medicação na semana passada. Nesta quarta-feira é a vez do Amazonas. A produção “made in Minas” trará, em um período de três anos, uma economia de R$ 110 milhões aos cofres públicos e já empolga gestores da fundação. Eles esperam que, até 2014, o estado esteja produzindo todos os medicamentos que compõem o coquetel antirretroviral.

Produzido de forma inédita no país, por meio de uma parceria entre Funed, o laboratório farmacêutico público do governo de Minas e o consórcio Blanver Nortec, o Fumarato de Tenofovir Desoproxila (nome do genérico) é também usado no tratamento de hepatites. Segundo dados da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos do Ministério da Saúde, ele é um dos itens mais caros do programa DST/Aids – corresponde a quase 10% dos gastos do programa – é usado por mais de 30 mil pacientes em todo o país.

Até o fim deste ano, serão distribuídos 28 milhões de comprimidos. Nesta primeira etapa, são entregues 21 lotes do Tenofovir, o que corresponde a 2,2 milhões de comprimidos. “A Fundação terá capacidade para atender a metade de toda a demanda do Ministério da Saúde. A expectativa é chegar, ao fim do contrato, a 50 milhões de unidades”, explica a chefe da Divisão de Desenvolvimento Farmacotécnico e Biotecnológico da Funed, Sílvia Fialho.

Antes, o medicamento era importado pelo Ministério da Saúde. Agora, com a produção da Funed, no período de três anos, o Brasil poderá ter uma economia de R$110 milhões. “É um divisor de águas. Para nós, significa mais credibilidade e mais porte ao laboratório. É um projeto grandioso em que foram investidos R$ 115,7 milhões. Além da redução nos custos, a produção nacional traz maior adensamento tecnológico para o país e reduz a dependência de importação, garantindo maior controle da produção e o fornecimento do medicamento em todo o país”, afirma o presidente da Funed, Augusto Monteiro Guimarães. O Laboratório Farmacêutico Oficial de Pernambuco (Lafepe) também está desenvolvendo o produto.


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