Jornal Estado de Minas

Ônibus é incendiado no Bairro Nova Cintra

 

Mais um ônibus foi danificado em um incêndio na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já são 11 os veículos queimados em 21 dias, dos quais apenas quatro a polícia acredita não se tratar de crime. Ontem, às 19h45, o ônibus placa GVO 3171 da linha 9205 (Nova Vista/Nova Cintra) estava parado no ponto final, na Avenida Padre José Maurício, em frente ao número 592, no Nova Cintra, Oeste da capital, quando seis rapazes jogaram álcool na parte da frente e colocaram fogo.



De acordo com o cabo Sérgio Cacique, do 5º Batalhão da PM, o cobrador  do veículo, F.H.A., de 25 anos, agiu rapidamente jogando água e conteve as chamas, antes que atingissem todo o coletivo. Motorista de um outro ônibus ajudou conter o fogo com um extintor. Cacique disse que os criminosos, vestidos de preto e com bonés, fugiram a pé pela Rua São Vicente de Paula em direção ao interior da Vila Nova Cintra.

Linha faz trajeto entre os bairros Nova Cintra e Nova Vista
Muito assustado, F. disse que não teve como vê o rosto dos vândalos. “Eu estava comendo um cachorro quente e o motorista estava no banheiro, quando eles chegaram, um deles com um revólver. Foram logo perguntando pelo motorista e como disse que não estava, o que estava armado me pegou pela gola da camisa e mandou que abrisse a porta. Um entrou e jogou o conteúdo de uma garrafa entre os bancos dianteiros e colocou fogo. O outro mal teve tempo de espalhar o líquido na parte da frente e jogou a garrafa dele sobre o painel”, contou o cobrador.

O major Schubert Siqueira, subcomandante do 5º BPM, disse que não vê ligações entre o atentado de ontem e os demais, uma sequência iniciada em 26 de abril, em Nova Contagem, na Grande BH, quando um veículo foi totalmente destruído. A ação criminosa foi atribuída a uma retaliação à operação pente-fino realizada na penitenciária que fica no bairro. “As características do ataque aqui, o primeiro na região, sugerem um ato isolado, de adolescentes. Vamos chegar aos responsáveis, mas não acreditamos que tenha sido uma ação planejada e que tenha motivações que não seja o vandalismo”, sugere Schubert.