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Estado de Minas

Depoimentos de quem é apaixonado por motos


15/05/2011 08:12

(foto: Renato Weil/EM/D.A Press)

"Sempre gostei de pilotar"

“Tirei carteira de moto há sete anos, mas sempre gostei de pilotar. Morava em Ponte Nova (Zona da Mata) e aprendi na adolescência. Sofri um acidente quando tinha 17 anos, por causa de excesso de velocidade, e nem habilitação tinha. Ralei um lado inteiro do corpo. Agora procuro andar com mais tranquilidade, sem ficar costurando entre os veículos, porque sei que é perigoso. Já tive carro, mas vendi, e não sinto falta. De moto, gasto metade do tempo de casa, no Bairro Nova Gameleira (Oeste de BH), ao trabalho, na Rua da Bahia, Centro da cidade, do que gastaria de ônibus. Também fica bem mais barato pagar um estacionamento do que se fosse para carro, sem contar os custos com manutenção e mecânica, que são bem menores. Só para viajar não uso a moto, acho que o risco é maior nas estradas”

>> João Paulo Tupinambá, de 26 anos, bancário

(foto: Renato Weil/EM/D.A Press)


"Procuro andar na lei
"

“Essa é a minha segunda moto e piloto há seis anos. Nunca tive carro. Ia para todos os cantos levando a minha mulher na garupa. Mas, por orientação médica, agora estamos pegando ônibus, pois ela está grávida de três meses. A grande vantagem da moto é a facilidade de locomoção, além do custo mais baixo da manutenção. O ponto negativo é que toda hora tem um carro fechando a gente na rua. Procuro andar dentro das leis de trânsito para reduzir os riscos, mas levei o primeiro tombo ontem (quarta-feira passada), depois de bater a perna na traseira de um veículo. Não foi nada grave, apenas tive luxação muscular. Mas já perdi um colega em acidente com moto. Ele morreu na hora ao bater em um caminhão na MG-806, em Ribeirão das Neves”

>> Estevão Saulo Moreira Soares, de 28 anos, motorista de ônibus

(foto: Renato Weil/EM/D.A Press)


"A economia me atrai
"

“Tenho apenas um ano e meio de carteira de moto e ainda estou aprendendo a pilotar. Mas já rodo por toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte a trabalho. O que é mais atraente nas motocicletas é a economia, na comparação com os carros. Elas fazem até 42 quilômetros por litro de combustível, enquanto o veículo de passeio, dos mais econômicos, dá uma média de 15 quilômetros por litro. Mas, futuramente, pretendo ter um carro, mais por conforto. Prudência no trânsito é fundamental para evitar os acidentes. Ainda não sofri nenhum. Acho que Deus anda comigo. Hoje mesmo (quarta-feira passada), andei do Bairro Saudade (na Região Leste de BH), onde moro, ao Centro, com o guidão parcialmente travado. Nem percebi”

>> Renata Clécia Silva, de 30 anos, motogirl

(foto: Renato Weil/EM/D.A Press)


"Não pretendo ter carro"

“Tirei carteira de moto há três anos para trabalhar como motogirl em uma empresa de contabilidade. Nunca tive carro e nem pretendo ter. Além de ser mais ágil, a moto é muito mais econômica. O problema é que, com o crescimento da frota, está cada vez mais difícil encontrar vaga em estacionamento gratuito no Centro de BH. Todos estão sempre lotados, com gente esperando na fila. Quanto aos acidentes, alguns motociclistas são imprudentes e deixam a desejar. Mas muitos acidentes são causados pelos motoristas. Eu, por exemplo, fui atingida quando saía de uma rotatória, perto do Zoológico (na Região da Pampulha). Felizmente, não tive nada grave, foi mais um susto. A moto é que acabou estragando bastante na batida”

>> Lidionéia Nunes Vieira, de 25 anos, motogirl

"Fiquei traumatizado"

“Moto sempre foi para mim um sonho, um desejo. Há sete anos tirei carteira na categoria A. Mas desde 14 de abril estou traumatizado. Vim parar no hospital nesse dia, depois de sofrer um grave acidente. Andava pelo Bairro Padre Eustáquio (Região Noroeste de BH) e bati na lateral de um ônibus que não respeitou o sinal de parada obrigatória. Fui arrastado junto com a moto e o ônibus parou em cima do meu tornozelo direito. Já fiz três cirurgias e estão previstas mais três. Perdi os movimentos do punho direito e machuquei muito minha perna. Não tenho data para sair daqui. Nunca mais quero montar em uma moto e estou providenciando a venda da minha”

>> Danilo Felício Gonçalves Ferreira, de 27 anos, advogado

"Não quero mais moto"

“Estou internado desde 4 de janeiro por causa de um acidente de moto. Não tenho carteira, mas pilotava há alguns anos. Vinha pela Avenida Antônio Carlos e, quando passei por um radar, um caminhão entrou de uma vez na minha frente, sem dar seta. Bati na traseira e capotei. Tive fratura exposta nas duas pernas. Usava a moto para tudo, mas não quero vê-la nunca mais. Não tem segurança nenhuma e o para-choque é o peito do motociclista. Aprendi a lição. Depois que toda essa agonia de hospital passar, pretendo tirar carteira de carro. A economia da moto não vale a pena diante de tanta insegurança. Nunca mais quero passar por isso”

>> Gerson Pereira de Jesus, de 18 anos, operário da construção civil


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