Diante da ameaça de extinção da profissão de obstetra, cresce em Minas o número de enfermeiros especializados na atividade
Segundo a presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo), Denise Kattah, o momento é de auge da profissão“Em 2008, tínhamos no estado 300 enfermeiros obstetras, hoje temos o dobro”, afirma, ressaltando que não tem havido substituição dos médicos“São pessoas que estudaram cinco anos de enfermagem e fizeram pós-graduação de até dois anosEles ajudam no parto normal, com cuidado e atenção à pacienteÉ uma visão humanizada”, salienta.
Mas a classe médica já está preocupada com a situação
Para a diretora-adjunta de Defesa do Exercício Profissional da Associação Médica de Minas Gerais, Cristiana Fonseca Beaumord, o enfermeiro deve trabalhar dentro de uma equipe multidisciplinar“Ele não deve assumir sozinho um parto, pois é imprevisívelAinda que haja um médico de plantão, ele pode não estar perto quando houver algum problema no procedimentoEm países de primeiro mundo isso tem sido comum, a realidade deles é outraOs enfermeiros vão em casa, fazem o parto e há uma ambulância na porta por precaução, sem contar que os hospitais são avisados e não há um trânsito caótico como aqui.”
As pacientes do Sofia Feldman estão satisfeitasAos 24 anos, Renata Carla Mendonça deu à luz pela terceira vez, na semana passadaComo não conseguiu vaga na Maternidade Odete Valadares, foi assistida no Sofia por uma enfermeira obstetra“Foi bem melhor