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Estado de Minas

Mesmo com impedimento da Justiça, Marcha da Maconha reúne dezenas de pessoas em BH


postado em 07/05/2011 19:15

Defensores da legalização da maconha voltaram às ruas pela discriminalização da droga (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Defensores da legalização da maconha voltaram às ruas pela discriminalização da droga (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)


Cinco manifestantes que participavam da Marcha da Maconha em Belo Horizonte foram detidos, por desobediência à ordem judicial. De acordo com a polícia, eles teriam se negado a entregar faixas e cartazes com mensagens alusivas à legalização e descriminalização da droga. Uma determinação da Justiça impedia a realização do ato na capital, que neste sábado reuniu cerca de 150 pessoas, a maioria jovens. No Rio de Janeiro, a marcha contou com 500 participantes que fizeram caminhada pela orla da Zona Sul da cidade. Entre o grupo, estava o líder da banda Detonautas, Tico Santa Cruz.

De acordo com o tenente-coronel Alex Souza, comandante do Batalhão de Eventos, uma ordem judicial impedia a realização da marcha em BH, por considerá-la uma apologia ao uso da droga. “Em cumprimento à determinação, recolhemos faixas, cartazes, megafones e outros materiais que seriam usados no evento. Alguns integrantes do grupo que se concentrava na Praça da Estação desobedeceram à ordem da Justiça e foram detidos e levados à Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal (Deajec).

Sem faixas e cartazes, e também o carro de som, por volta das 16h30 o grupo seguiu em passeata para a Praça da Liberdade, entoando palavras de ordem pela legalização e descriminalização da maconha. No local fizeram nova concentração, antes de retornarem ao ponto de partida, no começo da noite. Muitos vestiam camisetas com mensagens favoráveis à droga.
A Marcha da Maconha, prevista para acontecer neste sábado em 17 municípios brasileiros, teve início há nove anos. O movimento propõe o diálogo com a sociedade e defende a legalização e a descriminalização da droga. Os defensores acreditam que a regulamentação da produção, venda e consumo da droga iria reduzir a violência gerada pelo tráfico e que o dinheiro arrecadado com impostos poderia ser revertido em políticas públicas.

Para os organizadores, a atual política de combate às drogas é cara e ineficiente, pois não consegue combater o crime organizado. ''A gente tenta alertar a sociedade em geral, os políticos e a mídia a fazer um debate sobre isso, porque do jeito que está, não estão tendo resultados e vem gerando gastos desnecessários'', afirmou Baden Dias, estudante de direito e um dos membros do coletivo Marcha da Maconha em Belo Horizonte.


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