Familiares contam que o relacionamento do casal sempre foi conturbadoEle, que seria viciado em crack, batia com freqüência na companheiraO histórico médico da vítima comprova o abuso: em suas crises de abstinência pela droga ou mesmo sob o efeito do crack, Washington já teria quebrado a perna, o nariz e o dente da frente de MichellySegundo a irmã da costureira, Kellen dos Santos, de 32, as agressões aconteciam a qualquer hora do dia, na frente de parentes e amigos“Uma época ele ficou preso por roubo e ela conheceu outra pessoaEles até tiveram um filho juntos
Desde que a irmã sumiu, Kellen tem ajudado o pai e a mãe a seguir em frenteSem saber do paradeiro de Michelly, ela conta que a angústia e a esperança de encontra-la viva, tem tirado noites de sono e a tranqüilidade de todos os que conheciam a costureira“Minha mãe só dorme com remédioO pior é não saber o que aconteceuQueremos ao menos o corpo, se ela estiver morta, para podermos fazer um velórioE para ter certeza que ela não está sofrendo por aí”, diz
Kellen afirma que a filha nunca abandonaria os três filhos, de 8, 11 e 14 anosEla conta que uma blusa da irmã foi encontrada perto da ponte do rio Itapecerica, no bairro Niterói e que testemunhas afirmaram ver o casal junto, no bairro Afonso Pena, no mesmo dia em que Michelly desapareceu
O advogado da família, Willer Vidigal, esteve ontem na delegacia de Divinópolis, para apurar como andam as investigaçõesEle adiantou que algumas testemunhas foram ouvidas e alguns indícios encontradosMas explica que os trabalhos ainda não estão concluídos“Queremos ajudar nas investigações e acompanhar o processoExiste ainda uma casa que precisa ser investigada, que pode haver uma relação com o desaparecimento e outros detalhes a ser investigados”, finaliza
O delegado responsável pelo caso, Marcelo Nunes, estava de folga ontem e não foi encontrado para dar mais informações sobre o caso