Jornal Estado de Minas

Comissão vai apurar se militares envolvidos nas mortes no Serra cumpriam ordens

João Henrique do Vale
Crime ocorreu em fevereiro, mas as investigações para punir os culpados prosseguem - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
O duplo assassinato do Aglomerado da Serra, em fevereiro deste ano será discutido na manhã desta segunda-feira, pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas GeraisSerão apuradas as denúncias de que os policiais supostamente envolvidos no caso estariam cumprindo ordens.

O advogado Domingos Sávio de Mendonça, que defende três policiais que tiveram envolvidos indiretamente no caso, entregou na quarta-feira um documento com dados que mostram que a ação foi determinada por comandantes do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitana (Rotam)A comissão vai reavaliar a conclusão das apurações sobre as mortes.

Confira a galeria de fotos do duplo homicídio

Devem comparecer na audiência o corregedor da Polícia Militar, coronel Hebert Fernandes Souto Silva, o ouvidor de Polícia, Paulo Vaz Alkimin, o promotor de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário, Rodrigo Filgueira de Oliveira, o comandante da Rotam, tenente coronel Newton Antônio Lisboa Júnior; e o tenente Clayton José Santana e o sargento Giando Gomes de Lemos, ambos da Rotam.

O caso

O auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o menor Jeferson Coelho da Silva de 17, foram mortos durante uma operação policial no aglomerado, na Região Sul de Belo Horizonte.

A corregedoria da Polícia Militar indiciou 12 militares envolvidos nas mortes no aglomeradoDois deles, os soldados Jonas David Rosa e Jason Ferreira Paschoalino, foram indiciados por homicídioPaschoalino também responderá por falsidade ideológicaOs dois continuam presos.

Já o soldado Adelmo de Paula Zuccheratte, que já está em liberdade, foi indiciado pelo crime de prevaricação