Jornal Estado de Minas

Alunos reclamam do trânsito no câmpus Pampulha da UFMG

Universidade lança campanha na próxima segunda-feira para tentar promover melhorias no trânsito e outros problemas do câmpus

Cristiane Silva
Falta de vagas nos estacionamentos é um dos principais problemas enfrentados pelos frequentadores da Cidade Universitária - Foto: Marcos Vieira/EM/DA Press


O câmpus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com seus 3, 34 milhões de metros quadrados, pode ser considerado uma cidade dentro de Belo HorizonteA “Cidade Universitária” recebe diariamente cerca de 55 mil pessoas e enfrenta praticamente os mesmos problemas que a capital mineiraO principal deles é o trânsitoCriado na década de 1940, o espaço não foi projetado para abrigar tantos veículos, cuja quantidade aumenta a cada vestibularAlunos reclamam que nos horários de pico, principalmente entre 7h e 7h45, quando começam as aulas do turno da manhã, a situação torna-se caótica, inclusive com congestionamentos nas três portarias do câmpus, nas avenidas Antônio Carlos, Carlos Luz e Abraão Caram, onde o trânsito já costuma ficar complicado nesse períodoCerca de 25 mil veículos transitam pela Cidade Universitária todos os dias

Para tentar promover melhorias não só no trânsito, mas também na limpeza e na conservação das áreas verdes da universidade, será lançada na próxima segunda-feira a campanha Bocados de GentilezaA ideia é mostrar que atitudes simples, como atravessar na faixa de pedestres e não estacionar em locais proibidos, podem fazer a diferença no dia a dia da comunidade

Ao longo do ano serão realizadas várias ações educativas com distribuição de materiais e blitzes, mas para a coordenadora geral do Diretório Acadêmico Estudantil da UFMG (DCE-UFMG), Isabela Rodrigues, essas ações não bastam“A campanha é importante tanto para motoristas quanto pedestres, mas não é suficienteO câmpus precisa de estacionamentos verticais ou pilotis”, sugere a coordenadora, estudante do 5º período de Ciências Sociais da UFMG
Isabela acredita que os ônibus seriam uma opção, mas o transporte coletivo da capital é ruim“O ideal seria a ampliação das linhas que passam pela UFMGA linha interna também não atende a demandaAlgumas vezes os alunos chegam a esperar 30 minutos por um ônibus dentro do câmpus, por isso a maioria prefere usar carro”, reclama

De acordo com a BHTrans, não há um projeto para aumento do número de ônibus das linhas 5102 (Santo Antônio/UFMG), 9502 (São Geraldo/São Francisco), e a suplementar 50 (Caiçara/Cidade Nova) que atendem o câmpus PampulhaExiste a possibilidade de aumentar as viagens caso a universidade apresente uma solicitação ou se a demanda for apresentada pelos usuários entrando em contato com a empresa pelo número 156

No ano passado, em contrapartida pela perda da área entre as avenidas Antônio Carlos e Abraão Caram, onde está sendo construído um viaduto que dará acesso ao Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, parte do antigo estacionamento do estádio foi cedida à universidadeSão mais de 600 vagas nas imediações da Escola de Veterinária e da Faculdade de Farmácia

Roubos

Outro problema que preocupa funcionários e alunos do câmpus Pampulha são os roubos de veículosSegundo levantamento feito pela assessoria da universidade, somente no ano passado 26 veículos foram roubados, uma média de dois por mês
Na época foi observado que a maioria dos carros roubados eram de modelos antigos, das décadas de 80 e 90, por serem mais fáceis arrombar, e parados em locais fora dos estacionamentosSegundo a UFMG, são 7.359 vagasDe acordo com a asssessoria da UFMG, foi feita uma reunião com a Polícia Militar e o setor de segurança da universidadeDesde então, a vigilância foi reforçada