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Estado de Minas

Presidente do Conselho Tutelar de Nova Ponte é denunciado por assédio sexual contra menores


postado em 30/03/2011 18:26 / atualizado em 30/03/2011 18:36

A população de Nova Ponte, no Alto Paranaíba, está perplexa com um caso de pedofilia denunciado recentemente ao Ministério Público Estadual. O alvo da denúncia é o presidente do Conselho Tutelar do município. Eleito para exercer um dos cargos de maior importância para a proteção de crianças e adolescentes, ele responde criminalmente pelo assédio sexual contra duas adolescentes, de 15 e 17 anos. O conselheiro ainda deverá responder judicialmente pelos crimes de peculato, prevaricação e improbidade administrativa.

De acordo com o promotor de Justiça de Nova Ponte, Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, a denúncia envolvendo o presidente do Conselho Tutelar lhe foi apresentada formalmente pelo próprio órgão. "Uma outra conselheira ofertou a denúncia. O relato apontava que o conselheiro fazia uso do telefone e do carro do Conselho Tutelar para fins privados, tendo como objetivo assediar menores de idade".

Além disso, segundo o promotor, uma das vítimas procurou a Polícia Militar relatando que o conselheiro a importunava constantemente, apresentando desejos libidinosos. A maioria dos contatos dele com as vítimas era por telefone celular. "Os policiais chegaram a acompanhar um desses telefonemas. Quando a vítima registrava o Boletim de Ocorrência, ele telefonou e ela colocou o aparelho no viva-voz", afirma o promotor Marcus Vinícius.

O conselheiro já foi ouvido pela promotoria, assim como as vítimas e testemunhas. O conselheiro confirmou que usava o carro do órgão para transportar fieis da igreja que frequenta e confirmou os telefonemas às duas adolescentes. No entanto, ele afirmou que o permanente contato com as meninas se davam porque ele investigava um suposto caso de prostituição infantil.

"De fato foi confirmado que ele praticou os crimes. As investigações apontam que ele tinha interesses libidinosos em relação às duas vítimas. Denunciamos ele à Justiça por dois crimes de assédio sexual, previstos no artigo 216 A do Código Penal, além dos crimes de peculato, prevaricação e improbidade administrativa", garante o promotor Marcus Vinícius.

Apesar das denúncias, o conselheiro continua presidindo o Conselho Tutelar da cidade. "Aguardamos com ansiedade que até o fim desta semana a Justiça acate o nosso pedido e o afaste liminarmente do cargo", destaca o promotor.

A reportagem tentou contato com o Conselho Tutelar, mas ninguém no órgão atendeu às ligações. Também foi feito contato com o delegado titular do município, Luiz Henrique, que estava viajando.


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