Jornal Estado de Minas

Comunidades Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy iniciam vigília na porta da PBH

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
As comunidades Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy, que ocupam terrenos nas região da Pampulha e Barreiro, em Belo Horizonte, iniciam uma vigília nesta segunda-feira na porta da prefeitura
Segundo representantes das comunidades, cerca de 400 pessoas vão ficar acampadas no Centro da capital enquanto outro grupo vai até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais para participar de uma audiência públicaÀs 16h representantes das comunidades têm uma reunião com o governador Antonio Anastasia para tratar da ação de despejo

As comunidades temem o despejo determinado pela JustiçaEm 2010, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) expediu o mandado de reintegração de posse das áreas ocupadas e a determinação poderia ser cumprida pela Polícia Militar a qualquer momento

No dia 16 de fevereiro, uma reunião na sede do 5º Batalhão da PM, no Bairro Gameleira, Região Oeste da capital deixou os moradores mais aliviados em relação à retiradas das 277 famíliasMesmo com o mandado em mãos, a PM ponderou a expulsão das comunidades e não deve executar imediatamente o despejoAinda assim as comunidades temem a reintegração de posse dos terrenos

No Dandara, as famílias conseguiram suspensão da liminar de reintegração, mas os mandados já foram expedidos para as duas outras ocupaçõesAs áreas onde estão as comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy pertenceram ao Estado e foram vendidas à iniciativa privadaA ocupação Dandara começou em abril de 2009 e as duas outras cerca de um ano antes.