No primeiro ano, pouco sucesso, pois era difícil quebrar a preferência pelo Minas Gerais, órgão oficial do governo do estadoMais duro ainda convencer anunciantes a se comprometerem com o diárioEntretanto, o novo jornal percorreria caminhos daqueles traçados por 160 periódicos de vida curta, que nasceram e morreram entre 1894 e 1928Mas os primeiros passos daquele que viria a se consolidar “o grande jornal dos mineiros” não tardariam a ganhar vigor.
Tudo se passa rapidamente, pelas mãos de outro modernista, o advogado Milton Campos, que também era correspondente do jornal mineiro no Rio de Janeiro e redator de O Jornal, de Assis ChateaubriandEm maio de 1929, Milton Campos faz a intermediação do negócio entre Aleixo e ChateaubriandO primeiro pedia 700 contos de réis pelo empreendimento, que, naquele momento, limitava-se a um pequeno prédio no Centro de Belo Horizonte, algumas máquinas e muitas dívidasA barganha se encerraria ao ser cravada a cifra de 500 contos de réis.
Com o negócio, o paraibano Chateaubriand consolida o embrião de seu futuro império das comunicações, conhecido como Diários AssociadosHavia adquirido, em 1924, O Jornal, no Rio, e o Diário da Noite, em São Paulo
Chateaubrind traz para o jornal, além de Milton Campos, então com 29 anos, o jovem Tancredo Neves, recomendado pelo presidente de Minas Gerais, Antonio Carlos Ribeiro de AndradaPedro Aleixo, com 28, continua na casaDario de Almeida Magalhães, de 21, é nomeado diretor e José Maria Alkmin, de 28, se torna o gerenteA nova equipe tem uma só função: transformar o diário em sucesso editorialNa verdade, o nome do jornal era O Estado de Minas, e em junho daquele ano passa a se chamar Estado de Minas.
Nas décadas posteriores, o jornal assumiu a liderança na imprensa mineira, a qual se mantém até hojeChateaubriand, que chamava o EM de “o nosso Times” se ligou muito aos mineiros e elogiava suas qualidades de "dosar quando é necessário e levantar a voz quando preciso".