Jornal Estado de Minas

Reunião entre sindicatos pode definir rumos para greve dos professores da rede particular

Educadores da rede municipal de Betim também entram em greve

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
Os sindicatos Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) e Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) se reúnem na manhã desta quinta-feira, na Secretaria Regional do Trabalho, no Centro de Belo Horizonte, para tentar uma nova negociação
Os professores pedem reajuste salarial de 12%, regulamentação da educação à distância, equiparação do piso da educação infantil (de 0 a 3 anos) ao do ensino fundamental (1º ao 5º ano), eleição de delegados sindicais a cada 50 trabalhadores na instituição de ensinoAlém disso, reivindicam mudança de data base em 1º de abril, inclusão do benefício seguro de vida e a criação de uma comissão para tratar da violência e saúde na escola

As escolas oferecem reajuste de 7,5%Segundo o Sinep-MG, o aumento de 12% é inviável para escolas do interior de MinasUm reajuste como esse poderia comprometer o funcionamento das escolas menores e ameaçar a existência das instituições

O impasse entre profissionais e diretorias deixa alunos sem aulasSegundo balanço do Sinep-MG, nove escolas interromperam as atividades integral ou parcialmente, na quarta-feira, por conta do movimento: Marista Dom Silvério, Sagrado Coração de Maria, Imaculada Conceição, Pio XII, Escola da Serra, Padre Machado, São José Operário, Nossa Senhora das Dores e Isabela Hendrix

O resultado do encontro desta quinta-feira será apresentado aos professores na sexta-feira, durante uma assembleia às 9h na Faculdade de Medicina da UFMGCaso a proposta seja recusada, a greve pode continuarO Sinep-MG também faz assembleia na sexta-feira para discutir a proposta que estão apresentado aso educadores.

Betim

Cerca de mil professores da rede municipal de Betim entraram em greve nesta quinta-feira
A paralisação é por tempo indeterminadoSegundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), os educadores reclamam ausência de reajuste salarial desde 2009 sem reposição do índice da inflação do períodoAlém disso, houve a suspensão da carreira dos profissionais e uma série de contratações irregulares nas escolas.

A rede municipal da cidade conta com quase 5.500 profissionais, atende mais de 50 mil alunos, distribuídos em 67 escolasA categoria se reúne em nova assembleia no próximo dia 30, às 15h, e para definir os rumos do movimento.