Jornal Estado de Minas

Espaço rodoviário alternativo no Conjunto JK sofre com o descaso e infiltrações

Elian Guimarães
Inaugurado com pompa, espaço rodoviário alternativo no conjunto sofre com o descaso e infiltrações - Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
Um terminal turístico fora da rodoviária, com sala de espera, banheiros e lojas para lanchonetes restaurantes e agências de viagens. Idealizado por Hélio Garcia e inaugurado com pompa pelo governador Tancredo Neves, o Terminal JK se tornou um problema. Abandonado pelo poder público, padece com infiltrações desde a inauguração e é mantido a duras custas pelo condomínio dos prédios.

Sem condições operacionais e legais para coordenar o que restou da ideia inicial, o condomínio apenas faz a limpeza e recebe taxas e impostos. O que era a sala de espera foi ocupado por delegacia que reúne policiais civis e militares. Sem banheiro ou local para aguardar ônibus, passageiros deixam lixo e sujeira por todo lado do terminal, que é alagado pelas chuvas. Sem coordenação central, os ônibus de agências e especiais param em fila dupla, fechando cruzamentos, e tumultuam o trânsito em toda a área.

O terminal foi administrado pela antiga Turminas, mas hoje nem o estado reconhece a responsabilidade sobre ele, a não ser pelas repartições públicas. A prefeitura garante não ter nada a ver com o espaço. O local se tornou apenas uma central de ônibus fretados para cidades do interior de Minas, outros estados do Nordeste e para o Paraguai.

De acordo com Manoel Freitas, gerente geral do Condomínio do Conjunto JK, o conjunto está interessado na regularização da situação ou na transferência do terminal para outro local. Segundo ele, é preciso investir mais de R$ 1 milhão na impermeabilização da laje e recomposição dos jardins e praça de esportes do condomínio, para evitar acidentes: “Como o Barro Preto é um polo de moda, acreditamos que possa haver parcerias com lojistas e associações de produtores de moda para transformar o terminal em um centro desse ramo de negócio.”